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Artigos-->Soninha¬ tempos modenos¬ todos iguais -- 25/11/2001 - 18:13 (Anderson O. de Paula) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Sempre disse que sou o típico fulano digno de se levar, sem quaisquer cismas, à casa da avó, principalmente se for para um almoço domingal – sem esquecer daqueles bolinhos-de- chuva no fim da tarde regados por chá mate, por favor.



Apesar, porém, da simpatia que já me valeram a barriga cheia e o carinho de várias avós, avôs e outros parentes, sustenho alguns defeitos, que não são poucos, aliás. Ai de mi se soubessem!



Mas oras, e quem não tem defeitos? Imperfeições morais, manias inconvenientes, vícios, manchas na integridade etecétera e tal?? - não tem jeito, somos todos uma cambada de defeituosos correndo, com ou sem pressa, atrás da perfeição. Bem verdade que alguns já estão na frente dessa “corrida” – definitivamente esse não é meu caso – e outros ainda insistem em ficar parados, ou alienados – definitivamente esse também não é meu caso.



E qual é meu caso?



Você, amiga, ou amigo leitor das horas certas e incertas, já era para o ter percebido - às vezes não compreendo essa sua falta de percepção, pois sempre fui tão claro contigo.



Indo ao assunto que de fato inspira-me nessa tarde chuvosa - gosto das tardes chuvosas, sempre trazem ótimas recordações dos tempos que não voltam mais, sem falar que são românticas, como uma canção, uma frase, um verso, enfim....



Indo já, e sem mais demora, ao assunto que me inspira: ninguém deve respaldar suas atitudes em exemplos de sucesso ou de fracasso da vida dos outros. Em simples e provincianas explicações: não se pode ser “maria vai com as outras”, como já bem disse o primo Tonho, “pois cada um é cada um”.



Ao que parece, e não quero entrar muito nesse assunto, a Revista Época, que é da editora globo, agiu de má-fé ao colocar a foto da Soninha em outdoor, e em sua própria capa, junto com a frase “Eu fumo maconha”.



“É bem diferente você ser entrevistado para uma reportagem de capa, entre várias outras pessoas, e ser a capa da revista. É bem diferente eu estar na matéria e minha foto estar na capa da revista, que ainda por cima é um outdoor. Até agora eu não me conformo. Vejo a capa, fico constrangida. Não posaria para uma foto dizendo "eu fumo" nem que isso fosse permitido por lei”, disse Soninha, em entrevista para a FSP.



Ingenuidade ou não da apresentadora ao afirmar o uso da maconha; atitude de má- fé ou não da revista ao fazer tal publicação, o que acontece é que toda essa história de Soninha ter sido demitida da TV Cultura é, pra dizer pouco, injusta.



Mais coerente é a visão do deputado Fernando Gabeira: "Uma emissora que se intitula Cultura deveria ser um espaço de tolerância e debate, e nunca agir de forma preconceituosa. É uma TV pública e deve uma explicação à sociedade. Demitir um funcionário ao descobrir que ele usa droga seria a atitude menos indicada a uma empresa. Se considera que a apresentadora tem um problema, deve oferecer a chance de continuar sendo produtiva e não afastá-la, jogá-la na marginalidade."



Não vou falar que a maconha prejudicou o profissionalismo de Soninha apenas por um motivo: não prejudicou. Soninha é competente, não é à toa que trabalha para a FSP, UOL e a ESPN.



Além da maconha também deveriam trazer escândalos às empresas, e a sociedade em geral, o alcoolismo, a fofoca, a maledicência, a avareza, a presunção, a calúnia, a desobediência, a crueldade, a ingratidão, o orgulho, a hipocrisia etc.



Se é boa ou não a legalização da maconha isso são outros quinhentos, não é o assunto que me refiro. Entretanto, atitudes arbitrárias como a da Cultura não nos levam a lugar algum. Vivemos tempos de compreensão, auto-conhecimento, e não de radicalismo. O que seria se todas as empresas despedissem seus funcionários que declarassem fumar unzinho ou beber umazinha, mesmo que depois das refeições, aos fins de semana? Afinal de contas são drogas.



O que deveria estar em discussão é a atitude da revista Época, que transformou a declaração de Soninha em um slogan publicitário; explicar ao jovem que o primo Tonho tem razão quando diz que não se pode ser “maria vai com as outras, pois cada um é cada um”.



Somos todos iguais, uma cambada de defeituosos correndo, com ou sem pressa, atrás da perfeição, mas certamente somos todos fulanos e fulanas dignos de se levar, sem quaisquer cismas, à casa da avó, principalmente se for para um almoço domingal – sem esquecer daqueles bolinhos-de-chuva no fim da tarde regados por chá mate, não é mesmo?



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