Se pudesse escolher um jeito de amar, um jeito pra amar, não sei como seria. Entendendo tão pouco do amor, menos ainda de mim.
E nem acredito tanto assim no amor. Nesses eternos, que movem montanhas como acontece nos cinemas. Mas bem que eu queria. Não acredito, mas queria que acontecesse.
Amor pra mim deveria rimar com diversão. Alguém com quem fosse possível rir, rir muito. E fazer tantas e tantas coisas que não coubesse dentro do diário. Pra quando chegar ao fim ser o fim de uma história bonita, ser uma lembrança muito louca. O amor deveria ser uma história inesquecível. Sempre.
Mas parece que não há tempo. As pessoas se amam rápido, se amam fácil, se amam de qualquer jeito. E existem tantos e tantos casais... Mesmo assim as pessoas continuam se sentindo sozinhas. Estamos nos tornando tão egoístas que não conseguimos preencher o vazio de quem amamos. Não conseguimos mais fazer com que o outro se sinta especial.
Penso que talvez devesse aplicar meus conceitos socialistas no amor!!!! Um amor socialista!!!!
Seria assim: a gente racha a pizza, racha o motel, divide os bons momentos, divide os maus momentos, debate política, revolução, transformação. Investe na cultura, vamos ao teatro e à livraria. Pensa mais no outro tanto quanto em si mesmo. Aceita novas idéias, aceita o outro como ele é, aceita as diferenças. Ensina o que aprendeu, aprende o que ainda não sabe. Compreende junto que a vida não é fácil, que não existem soluções fáceis e que um mundo não é feito das coisas que são importantes pra você. O mundo é feito das coisas importantes de cada um.
O importante é deixar de querer ser especial o tempo todo, pra fazer especial a quem se ama.
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