Usina de Letras
Usina de Letras
145 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62214 )

Cartas ( 21334)

Contos (13261)

Cordel (10450)

Cronicas (22535)

Discursos (3238)

Ensaios - (10357)

Erótico (13569)

Frases (50609)

Humor (20029)

Infantil (5429)

Infanto Juvenil (4764)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140799)

Redação (3303)

Roteiro de Filme ou Novela (1063)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6187)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
cronicas-->Páscoa -- 03/04/2002 - 16:50 (Adrienne kátia Savazoni Morelato) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Estou só em casa. Vou lá fora. Mas ao ir deparo com a lua cheia da noite gelada a esquentar ainda mias minha solidão . Eu e a lua, cheia, da noite gelada. No ímpeto da estátua, meus olhos fixam o Universo e transportam me ao Celeste Espaço Estranho. Sinto os cometas correr rente a minha espinha e os etzinhos observando a minha imagem. Não vóo nem flutuo, como se ao invés de ir para lá são eles que vem até mim. Está frio, uma corrente do cosmos acaricia meu rosto e meus cabelos. Olho para cima e para frente e não vejo mais nada. Volto para casa.
De novo eu em casa. Numa casa de paredes mórbidas, brancas que nem é minha. Já surge os vestígios do dia pelas arestas da porta. E eu só com minha ociosidade e minhas lembranças à folhear retratos antigos. Aquela vida se fora e nunca mais voltará e nem existirá igual no mundo. Infància distante que se distanciava cada vez mais, levando junto com ela a criança que um dia eu fui. Ela está lá, parada num tempo que a cada dia corre de mim. Ela está indo embora acenando me com a mão. E eu incapaz de lhe responder com um sorriso. Fecho a caixinha do passado e instantaneamente observo do outro lado da linha do tempo, a ponta, uma velhinha a me olhar com a mesma nostalgia que eu tinha pela menininha. Essa velhinha cada vez mais se aproxima estendendo os braços. Refuto -a e bato a porta! Perversa.
Fecho a porta para reencontrar-me, vejo então, a minha inquietude a enganar a solidão. Abraço as paredes brancas e mórbidas que me fazem companhia. Quero sair dessa nave e voar de verdade no Infinito. Mas as luzes fortes do mundo dizem me que já é tarde.
Estou só em casa à esperar novamente a noite gelada.















Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui