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Artigos-->A morte de Jango - Um exercício de lógica -- 25/02/2008 - 15:28 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A MORTE DE JANGO - Um exercício de lógica



Hamilton Bonat (*)



Em 1976 os brasileiros receberam, sem comoção, a notícia da morte de João Goulart. Sabia-se que vivia muito bem em sua estância na Argentina e não representava perigo para governo algum. A esquerda, que o considerava um burguês, não queria saber dele.



Decorridos 31 anos, ele volta ao palco para interpretar o papel de vítima numa história

macabra narrada por Mário Neira Barreiro - a fim de assassiná-lo, Geisel manda misturar veneno

nos remédios de Jango. Autores de renome não produziriam trama tão criativa.



Barreiro, atual hóspede da penitenciária de Charqueadas, no Rio Grande do Sul, não parece

capaz de escrever peça alguma. Com algum esforço, consegue repetir o que lhe disseram  algumas pessoas, uma delas o filho do ex-presidente, que foram visitá-lo em sua cela de segurança máxima. Quem também esteve lá foi um famoso  e esperto articulista carioca, conhecedor do caminho para se chegar aos cofres da viúva.



Analisado com um mínimo de isenção, o roteiro peca pela falta de coerência. Geisel era o

presidente em 1976. Desde os primeiros dias de

governo, por convicções pessoais e religiosas,

proclamou ser radicalmente contra perseguições

políticas, cassações, torturas e mortes. Ansiava

construir os alicerces para o retorno do poder aos civis. Difícil imaginar que mandasse matar alguém, como declarou o  "agente" Barreiro. Muito

menos João Goulart, que vivia seu ostracismo

político em Mercedes, na Argentina.



O enredo é inconsistente. O único protagonista

vivo é Neira Barreiro, por isso mesmo guindado à condição de dono da verdade. Pode-se confiar

no bico de uma pessoa que resolva abri-lo 31 anos depois? Dá para acreditar em um preso ávido por  um final de vida em liberdade?



Temporariamente, a história é ilógica. Entretanto, é conveniente ficar atento ao noticiário. A lógica será encontrada somente

no dia em que a imprensa divulgar que a comissão de anistia decidir brindar a família Goulart com uma indenização milionária.



Não me importarei se os autores dessa brilhante obra de ficção ficarem milionários. Se pudesse, lhes daria um só conselho - tirem Geisel

do palco. Ele nunca teve vocação para artista.

Muito menos para assassino.



(*) General da Reserva





*



EX-PRESIDENTE JOÃO GOULART, (JANGO) FOI MORTO POR ENVENENAMENTO EM 1976, POR DETERMINAÇÃO DO REGIME MILITAR



O ex-agente do serviço de inteligência uruguaio Mario Neira Barreiro, preso na penitenciária de Charqueados no Rio Grande do Sul, disse que Jango teria sido morto por determina ção do então presidente Ernesto Geisel.



Segundo o ministro da Justiça Tarso

Genro, não há provas de crime contra Jango.

- Não duvido que eventualmente tenha ocorrido

um atentado contra ele. Mas, para que

não se faça qualquer informação mirabolante,

não se tem informação concreta, nenhum

dado técnico, nada consistente de que os

serviços de segurança da ditadura tenham

articulado o assassinato do presidente

Goulart. Se chegar algum dado ao ministério,

vai ser investigado e verificado. Até agora só

chegou uma informação desse cidadão, que

não se tem nenhuma visão da confiabilidade

- disse.- Um atentado contra a vida dele não

seria impossível. Mas não se tem informação concreta de que tenha efetivamente ocorrido.

(O GLOBO 30/01)



*



NOSSO COMENTÁRIO (Jornal Inconfidência)



Mais uma pantomima armada, tal qual as mortes de JK, Zuzu Angel, Carlos Lacerda e outras tantas. Como dar credibilidade a um indivíduo, que talvez queira estar se livrando da prisão? Que crime terá cometido para estar na Penitenciária? Jango morreu em 06 de dezembro de 1976, há 31

anos, quando o ex-agente, se realmente o era, devia ser muito jovem e dificilmente receberia

a suposta missão.



Segundo consta, na véspera de seu falecimento, apareceu em sua estância, na província de Mercedes/República Argentina, sua esposa Maria Tereza (acompanhada de seu advogado), para pedir a separa-ção definitiva dele. Aconteceram então, discussões violentas e supostamente, até agressões, o que contribuiu para o enfarto acontecido no dia seguinte, pois há muito

tempo, era sabido que Jango sofria de cardiopatia

grave.



Isso está cheirando a mais um pedido de

indenização milionária ... pois, corre a notícia,

que a herança deixada por Jango foi totalmente

dilapidada e ainda apareceu um outro filho, que na justiça, teria conseguido ser reconhecido e recebido considerável indenização financeira.





Obs.: Os textos acima foram extraídos do jornal do Grupo Inconfidência, edição 123, fevereiro de 2008. Acesse o site http://www.grupoinconfidencia.com.br/jornal.html e assine o jornal, endereço Caixa Postal, 3370 - Cep: 30.140-970 - Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil - Telefax: 55 31 3344-1500 (F. Maier).





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