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Poesias-->A CHAMA -- 19/08/2002 - 18:06 (Lorenzo Giuliano Ferrari) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A CHAMA



A chama de um isqueiro quando se acende

Nasce pequena, meio tímida,

Lançando seus cabelos ruivos de um lado a outro,

Olhando com seus olhos azuis e crescendo...



A pedra fósforo risca a mãe, e,

Com aquele gesto preciso de um polegar calejado e experiente,

fornece a chama e o gás que em combinação

com o momento único e instantâneo

Fagulham a labareda lambiscando

O metal e o plástico que lhe deu vida.



A medida que o gás a alimenta

Lateja em seu coração frio

Uma vontade incrível de ser consumida para sempre

Ou ate que todo o seu gás esgote.



Nasce pequena, distante, do fundo do nada,

De uma simples nota de um violino

Que caminha nas cordas, sob dedos ágeis,

Atingindo escalas cujos comprimentos sonoros

São ouvidos apenas por chamas solitárias

Que se apagam a medida que o concerto vai cessando.



Esta já atingira as alturas,

Já queimara por algo a se lembrar,

Já trebilitou noite adentro em sons aflitos,

Em um piano com toda a sua vida amostra

Ouvindo seus silêncios ou o silencio que arde quente

Em beijos suados do calor de sua chama.



Tudo se queima,

O metal a labareda,

A seqüência de segundos passantes e transeuntes,

E o dedo, que assistira todo o seu calor

E agora se despede esquecendo a chama.

Serviu a que se propunha,

A vela fora acesa.



Lorenzo

16/08/1997
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