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Artigos-->O professor Jeremias -- 06/03/2008 - 09:42 (Fernando Antônio Barbosa Zocca) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O professor Jeremias



Fernando Zocca



Numa ocasião, quando eu ainda era moleque e morava num imóvel pertencente ao espólio do meu avô paterno José Carlos Zocca, que ficava ali mesmo na rua Benjamim Constant, surgiu-me assim como que num passe de mágica, o livro O Professor Jeremias, de Léo Vaz.

Eu tinha quantos anos, uns treze ou quatorze? Sei que em duas ou três madrugadas devorei a impressionante história que marcou-me profundamente. Aquilo remexeu comigo de tal maneira que eu procurei, durante alguns dias, saber quem era Léo Vaz.

Só agora, navegando pela internet, justamente no site www.aprovincia.com.br, vim a saber que O Professor Jeremias foi publicado em 1919, editado pela Revista do Brasil e recebido pela crítica - impiedosa - como obra prima literária.

Leonel Vaz de Barros (Léo Vaz) nasceu em Capivari aos 06 de junho de 1890, veio com os pais, para Piracicaba quando tinha dois anos, tendo passado o restante da infância na Noiva da Colina.

Barros formou-se na Escola Complementar (hoje Sud Mennucci) em 1911 e aqui mesmo fundou, ao lado de Breno Ferraz do Amaral o jornal Noiva da Colina.

Em sua juventude piracicabana, foi companheiro, também, de Sud Mennucci, Thales de Andrade, Lourenço Filho, formando um poderoso grupo intelectual que chamou a atenção do Brasil. Muito tempo depois, José Maria Ferreira (JM Ferreira) denominaria a associação de o "Bloomsbury Caipira”.

Léo Vaz fez parte da chamada "geração piracicabana" do jornal "O Estado de São Paulo", ao lado de figuras de grande expressão como Marcelino Ritter, Mário Neme, Breno Ferraz. Tornou-se homem de confiança de Amadeu Amaral e de Nestor Rangel Pestana, personalidades de proa do velho "Estadão", tornando-se substituto imediato deles, quando ausentes.

Passando a redator-chefe do jornal, Léo Vaz acompanhou os grandes conflitos das revoluções de 1930 e de 1932. E, quando Júlio de Mesquita Filho retira-se para o exílio, a responsabilidade pela direção de "O Estado de São Paulo" passou para Léo Vaz que se tornou um dos ícones do centenário jornal paulista. Seu último livro "O Burrico Lúcio", foi editado pela Editora Saraiva, em 1952.

O período fecundo de textos jornalísticos do escritor piracicabano está registrado no livro que conta os 30 anos de suas atividades, colhidos nas páginas do jornal "O Estado de São Paulo". Trata-se de "Páginas vadias", crônicas, publicadas em 1957.

Léo Vaz foi membro de diversas academias, incluindo a Academia Paulista de Jornalismo, Cadeira nº40, para a qual foi eleito, em 2005, o jornalista também piracicabano Cecílio Elias Netto, diretor de A Província.

Léo Vaz faleceu em São Paulo no dia 5 de maio de 1973.







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