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Artigos-->O Fígado de Prometeu -- 22/03/2008 - 10:06 (Hideraldo Montenegro) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O FÍGADO DE PROMETEU



Hideraldo Montenegro







“Travada a mente na ideologia

e o corpo não agia

como se o coração tivesse que optar

entre o inseto e o inseticida.”



Caetano Veloso









Vã Filosofia



Falas muito de Marx,

de divisão de tarefas,

de trabalho de base,

mas quando te levantas

nem a cama fazes...



Leila Míccolis





O que move realmente a política? O que a faz existir? Certamente, um político profissional terá muita dificuldade em responder a estas questões de forma sincera, pois, isto implicará numa profunda mudança de mentalidade, o que irá de encontro à sua própria prática.

Isto significa que não existem os idealistas sinceros? Não. Isto significa que os idealistas são péssimos políticos, pois, sendo políticos, no fundo, no fundo não são coerentes e, de fato, não são idealistas. Isto é facilmente constatado.

E, a ideologia não move a política? Não provoca mudanças? Antes de tentarmos responder estas questões colocamos outra: o que tem movido o ser humano politicamente? Quem está ou esteve militando em qualquer partido e/ou movimento social tem se chocado ao se deparar com atitudes egocêntricas por parte de vários integrantes de grupos e partidos que se dizem defensores dos explorados e oprimidos. Por que? Porque fazer política “é botar o ego na fogueira”.

Isto não significa que as idéias dos partidos de esquerda e dos movimentos sociais não tenham fundamento, muito pelo contrário. Seria um absurdo afirmar tal coisa. A exploração do homem por este sistema econômico é deplorável e inadmissível. Não estamos aqui para fazermos uma apologia reacionária contra as idéias socialmente avançadas e justas. As transformações sociais precisam ser feitas. Porém, a questão que se coloca aqui é se estas transformações serão feitas através da política.

É óbvio que a política tem contribuído com alguns avanços sociais, no entanto, ela só pode provocar mudanças estruturais e, isto, como sabemos, não é suficiente para alterar significativamente as relações humanas. Injustiças sempre haverá (seja em que sistema político ou econômico for) se o ser humano não se libertar do seu ego.

Enfim, neste aspecto a política passa a ser um empecilho, pois, ela se apóia e se move em virtude do ego.

Fazer política, em razão de sua própria essência, significa se colocar sempre como “o melhor”, “o mais isso ou aquilo”. Em contrapartida, o “outro” sempre será “o pior”, “o menos isso ou aquilo”. É uma luta de egos. Fazer política implica em inflar o ego. Isto resulta numa diminuição de valores e virtudes pessoais.

Quanto mais ego, menos virtudes.

Para o ser humano se melhorar ele precisará inversamente vencer o seu próprio ego (o seu egoísmo). Para tanto, há de ocorrer uma excepcional auto-análise. É necessário um profundo questionamento existencial. É preciso que o ser humano olhe corajosamente para a sua existência e questione o quanto cresceu ou não como ser humano. Que ele se questione porque não cresceu interiormente? O que impediu este crescimento?

A base para que este processo ocorra é a liberdade. Um Estado forte, cidadãos fracos. Inversamente, cidadãos fortes, Estado fraco. Assim, aqui vale questionarmos o papel do Estado em relação as liberdades individuais. Um Estado forte (seja ele de direita ou esquerda) é o ideal, ou ao contrário, para possibilitar e estimular este processo em seus cidadãos?

Várias instituições (políticas e/ou religiosas) desejam ter o controle sobre os seus seguidores. Desejam manipular e massificar desejos e vontades. Isto é bom ou ruim?

Afinal, que rumo o ser humano deve tomar para provocar transformações profundas em suas relações sociais? O que nos salvará, de fato? A quem temos que vencer senão a nós mesmos?

Enfim, esperamos que, um dia, o ser humano não precise combater e derrotar o seu irmão. Então, a paz terá, de fato, se estabelecido e a injustiça (gerada pelo ego) não mais existirá.

Portanto, fica uma inevitável pergunta que devemos nos fazer, independente de nossas crenças políticas e religiosas: “PASSADO ESTES ANOS TODOS, NOS MELHORAMOS COMO SERES HUMANOS? TORNAMO-NOS MAIS AMIGÁVEIS, JUSTOS, GENTIS, COMPREENSÍVOS, HUMILDES, SINCEROS, JUSTOS, SOLIDÁRIOS E BONDOSOS?”

Se a resposta a todas estas perguntas for sim, então, com certeza, contribuímos com a justiça, a igualdade, a paz e a evolução social.





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