Estou fechada nesta gaiola, onde se condena a minha mocidade.
Falta-me o ar, sufoco de lixos, impurezas e esgoto.
Tijolos gastos, paredes que me cercam e me fazem andar ao acaso.
Gentinhas que passam com pressa para o trabalho.
Não vou morrer aqui dentro, sempre pensei em espacar.
O que me entristece é não poder estar lá fora...
Onde existe o mar,
Meu Senhor e Vassalo.
Que me faz viver na esperança
De quebrar este muro
Ser sua por um dia
E deixar-lhe a minha alma. |