Nasceu Mulher.
Criança de um sonho qualquer...
Despida em lençóis de cetim,
Entre perfumes em cheiros sem fim.
Tranquila de alguma beleza,
Alma pura e inocência.
Cresceu Mulher.
Deusa de um sonho qualquer.
Vestida de preconceitos,
Entre olhares por vezes suspeitos,
Medos e receios eleitos,
Loucuras e devaneios.
Aprendeu a amar.
Amadureceu,
Odiou e sofreu.
A alma até então vadia,
Começou a regressar noite e dia.
Companheira do corpo sofredor
Que sem ela não aguentava tanta dor.
Teve alguns homens,
Coisas passageiras...
O tempo correu!
Aurora
Envelheceu,
Padeceu,
E de tudo o que era seu...
Apenas a lembrança,
Singela Aurora.
Morreu. |