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Poesias-->AVATAR -- 21/08/2002 - 12:16 (Vinicius José Fernandes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Sertão de idéias vazias poluídas

Mentiras quebradas pela mente partida

Retorne ao posto selvagem e sacuda seus sonhos

Parta o bolo da realidade insana

Sou imune ao seu veneno maldito

Que anestesia a consciência e conduz ao sono

Blasfêmias toleradas pelos santos falsos

Diga algo diferente do que pensa

Todos afundam em mentiras aceitas

Mentem o tempo todo e o pensamento é nulo

Aglomerado zumbi dominando a todos

Poucos loucos escapam do rumo da maldade

Tente correr sem tropeçar na vaidade

Tente matar a realidade fajuta

Tornando-se louco por ser verdadeiro

Destruição em massa de opinião própria

Perca a razão que não tem e recupere sua inocência

Destrua o que resta de bondade, é o que o mundo prega

Então pregue a desavença contra si mesmo

Desintegre seus sonhos e dilacere sua alma

Corrompido pelo medo você aguarda no escuro

A salvação inusitada pela mão inimiga

Haviam cortes no pulso sangrando delírios

Beba da ilusão seca e morta no jardim

Campos divinos amaldiçoados pelos próprios anjos

Que caçam sentimentos saturados pela humanidade

Desejos e desesperos camuflados no céu

Incêndio de remorso e inveja

Asas com penas negras e espadas de fogo

Para matar o são de vontade

Pensamentos a velocidade da luz

Não coordeno vontades nem sei o que penso

Tento fugir para a verdade

Mas o mundo é forte e pesado

Amarra meus pés ao lodo da vida

Será que resistirei tanto tempo?

O tempo é infinito para quem não está morto

Só não sei se sobreviverei para ver a redenção

Tento agüentar, mas o mundo é forte

Tento ser bravo, mas as desavenças são tantas

Não sei se evito ou se passo por cima

Se corto os pulsos volto a vida pior

A solução é não pensar para não me entregar

Para esse mundo louco de leis me obrigar

Como já disse Zé Ramalho, a lutar pelo erro do engano

Será que é crime ser sincero e tentar ser honesto?

Não sei se vale a pena, mas não posso desistir

O mestre supremo aguarda a rendição

A população se rende aos brinquedos da natureza

Sem saber o que é bom se entrega ao mal

Mal preso dentro de si e alimentado por frações externas

Gotas de dor pingando num mar de tormentas

Sopros de vida levando o tempo embora

Quem saberá fechar as portas depois de abri-las?

Quem conseguirá abrir as portas nessa ilusão?

Tento achar as chaves em meu mundo

Talvez estejam fora de minha mente

Dentro da mente coletiva invado à sua procura

Arremesso-me contra o muro da ignorância

Em mil pedaços de sonho me quebro

Junte a todos e construa a história do mundo

Desperte do sono da vida imoral e mortal

Quem sabe o éden nos sorri no presente

Talvez Deus seja a serpente e a maçã

E o diabo é todos nós unidos na destruição

Os santos consagrados em concreto

As igrejas regadas a ouro e bezerros

Choro junto à árvore tombada em nome de Deus

Deus choraria ao ver sua própria criação

Padres brancos de alma negra e decomposta

Benzendo rebanhos com sangue coagulado

De um Cristo sepultado sem direito a perdão

Morto a cada missa rezada com falsa fé

Fujo da cruz como a crença estipulou verdade

Não sou covarde quando fecho os olhos terrenos

A vida se desprende de todo canto escuro

A dor se espalha e escapa por todos os meus poros

Quem sabe a luz brote das trevas

E reflita em meu peito a evolução que busco

Da água divina irei beber sem pressa

Corpo de luz entre demônios infinitos

A gritar comando contra minha vontade

A cidade em chamas como meu corpo

Queimo o orgulho e o ego pela raiz

Volta mais forte sem cortar os ramos

Ilusão de vitória fajuta que nos cega

Avatares nos rodeiam e nos consomem

Seus gritos ensurdecem a razão insana

Que louca foge e se esconde em um buraco

Não retorna enquanto a luz não chega

Faíscas de vontade entre oceanos de perdição

A salvação está no frio deserto de almas mortas

Vida sem rumo certo, abandonada ao vento

O vento é sábio e leva ao destino certo

Concreto de impurezas sobre a terra santa

O sol brilha falso pela cortina de fumaça

Lance óleo em meus olhos para não ver o mal

O mar foi morto por mãos limpas

E golas engomadas contam seus montes de lixo

Pague aqui o que fez em dobro e dobre a morte

A sorte sorri cínica adiando seu julgamento

Sua pena é sofrer eternamente as mortes que causou

Peixes e árvores atormentam seus sonhos

Como monstros num pesadelo sem fim

Fuja para os campos mentais incertos e corrompidos

Espero-te no astro incandescente com meu gelo

Sua sede é morta com o fogo-fátuo

Brotado do pântano em que vive

E das raízes que amarram seus pés

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