FANTOCHE
Pedro Gomes da Silva
Quando estamos próximo às eleições iniciam-se as propagandas políticas, tipo lavagem cerebral. O candidato do Partido de maior domínio é anunciado como se fora um produto qualquer, vendido em lojas, como sendo o de melhor qualidade.
Os eleitores terão que decidir em quem votar (sem o direito de escolher quem será candidato) entre, nem sempre, os mais capacitados. Agora ocorre mais um complicador, segundo entendimento da Justiça Eleitoral, (com incentivo dos Partidos Políticos) os candidatos são verdadeiros FANTOCHES. Só são bons enquanto não contrariarem os interesses dos Dirigentes dos Partidos.
Corroborando com os Partidos Políticos, a Justiça Eleitoral determinou que o mandato pertença ao Partido, ao qual o eleito é filiado. Como querem que o eleitor vote bem, se ele não escolhe a pessoa a ser candidata e o candidato que vota não tem direito ao mandato, mesmo tendo votos suficientes para assumir e quando assume pode ser destituído, porque o mandato é do Partido Político que fez a campanha, sendo parte com de dinheiro público?
O que estamos vendo, apenas confirma o que percebi em junho de 1988, quando olhava para o símbolo da Justiça, à frente do Palácio do Supremo Tribunal Federal – Brasília, Capital Federal e, então, escrevi: ‘A Justiça pode ser cega, mas não é surda e ouve perfeitamente a voz da conveniência’.
O Pelé estava e está certo quando disse que o brasileiro não sabe votar.
Eu, porém, pergunto: Como eleger bons candidatos se eles são manipulados como fantoches, como marionetes?
Volto a afirmar, com convicção, citação de 1988: ‘As pessoas no poder se preocupam com o interesse público até certo ponto, mas é ponto certo para o interesse próprio’.
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