O corpo branco nu e palpitado pelo vento gélido indicava a sua pureza. Olhos a sugar sua vida, mas não poderia deixar as paradas. Hoje não. Melissa era nova demais e se sentia preparada. Os sons do seu pensamento promissores tocavam com balanço do badalo do relógio na parede. Vamos começar, eternizar e acabar, com ou sem banho...
Toda vez que o farol de um carro atravessa a janela, o brilho do revolver que adormecia em cima da mesa, irradiava.
Pobre sonhador que poderia com ela brincar, a sentinela dos desejos de qualquer jovem. Ela que já esteve presente em varias letras de músicas, estava ali, pronta para ser possuída. Pronta para deixar o mar a levar.
Devagar os corpos foram se encostando, com medo, com cuidado, com segredos. Nos olhares jogos de adivinhações, uma batalha naval atrelava naquele instante, sem errar uma jogada.
Nada mataria a sede, nada seria para sempre. Elisa foi quem tomou a iniciativa com um toque, que talvez não deveria acontecer. Talvez não deveria nascer esse desejo. Mas algo mais forte a dominava...
Abraços, abraços e toques. As línguas começaram a duelar numa guerra irregular, deslizando pelo corpo oponente, tentando surpreender. Queria ser uma lua para gravar seus corpos a lutarem no desejo.