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Poesias-->Lírios e Delírios -- 22/08/2002 - 20:35 (Abrahão Figueira) |
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Teu olhos miram meus olhos
Tua boca alia-se a minha
Teu corpo junto ao meu corpo
Como um encaixe de um quebra-cabeças
De baixo de um firmamento iluminado pôr
Estrelas que brilham no infinito do universo
E mais um verso, é a lua que clareia
A noite turva nos campos, vales e jardins
Dois valores, um enlace, duas flores
Que se fundem e fecundam mais beleza
Na harmonia da natureza,
Onde as cores são diversas e as origens mais dispersas
No ínfimo da criação, do criador das rosas
Das margaridas á luz do arrebol
Da aurora brilhando feito aurora em nós
Igual aos santos!
Só que loucos e cegos de amor!
Sem defeito que nos separe,
Sem veneno que nos amargue,
Sem corretivo que nos apague
E sem medo de não enxergar o que virá
Olhos que dispensam colírios!
Dos jardins os Lírios, dos desejos
Os Delírios...
Gaspar 22-08-2002
e-mail : abrahãofigueira@bol.com.br
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