Sou, não estou!
A palavra dos mundos não me apressa!
A clareza seria minha dor
Frente a vil demagogia que desfaz
Os planos, os laços... seja o que for!
Do ócio, do desejo indigno.;
Da mais fértil sensação de ilusão:
Um merecimento intuitivo talvez.
Em vez de mim... a mim!
Aponte a realeza e ela, infeliz,
Extinguirá o que já fez
Por merecer...
A palavra dos mundos não exclui
A certeza de minha volta,
uma altivez a mim influi
E, sem vez, de mim se solta.
A palavra, ela,
Palavra dos mundos, eles,
Tão cadentes e estéreis!
Sutis com o porvir que aguardam,
Aguardam também - as palavras!
Como não seria obrigação
Senão insistir, adoecer,
Perecer, persuadir,
Por buscar minha saudade
Verdade!
Saudade de silêncio!
Profundo e merecido:
A palavra dos mundos conserva
Possibilidades também!
A bradar e insistir,
De tudo sem consideração,
Por nada: coração
Dilacerado!
Mas como?
Como as palavras, elas,
Feriram a pulsação?
Não entender, é melhor...
Não crer... não suprimir
Necessidades!
Mentira! Infâmia!
Meu entendimento eu mesmo acho,
E o certo é gritar ao mal uso
Das virtudes!
Eu mesmo, na solidão... eu mesmo faço:
Faço-me interferir
Por demais, por insistir
Em delicados sentimentos mais profundos,
E "compreender" da natureza a palavra mais bela,
Seria ela,
A palavra dos mundos!
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