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Artigos-->MARGINALIDADE -- 24/04/2008 - 18:50 (Pedro Gomes da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
MARGINALIDADE

Pedro Gomes da Silva





A humanidade como um todo é boa, justa, ordeira e honesta. Todas as pessoas dentro de uma sociedade, desde novas e até a velhice, têm suas ambições, seus desejos, seu orgulho. Estas ambições, estes desejos, o orgulho do prazer satisfeito, é que forma a personalidade de cada indivíduo dentro do grupo de vivência, dentro da sociedade de que faz parte, dentro do universo onde ocupa um espaço e irradia os efeitos de suas ações.

O que estraga a bondade das pessoas são as chamadas ovelhas negras, que para atingir as suas ambições, os seus desejos, orgulham-se de seus feitos, de suas ações, sua audácia, por terem seguido atalhos que penetram nos domínios das ambições, dos desejos, das ações, os feitos, da personalidade dos outros.

É próprio da natureza humana, princípio de todas as pessoas que atingidas em seus brios, em sua honra, em sua personalidade sentirem-se ofendidas e quase todas as pessoas ofendidas desta maneira, transformam-se, perdem o raciocínio lógico, viram feras. Feras muito mais perigosas do que as próprias feras irracionais.

Uma das razões, pelas quais a criminalidade está aumentando dia a dia, é as pessoas se sentirem ofendidas, atingidas em sua honra, em sua personalidade, em seu patrimônio ou, então, sentirem-se barradas na consecução de seus desejos, suas ambições, na formação do seu patrimônio.

Muitos dos agentes do crime, da criminalidade, senão a grande maioria, ao perderem o raciocínio lógico, ficam na impossibilidade de identificar dentro da sociedade, a pessoa ou as pessoas que os barram, que os impede de satisfazer os seus desejos e consciente ou inconscientemente vêem em cada elemento desta sociedade, uma barreira, um empecilho e, portanto, dignos, capazes de receber seus desprezos, suas represálias.

É, também, próprio da natureza humana, e quase um princípio de vida, agir pelo modo mais fácil, o modo mais rápido. É por esta razão, que uma barreira imaginária, uma represália velada e às vezes inconsciente, torna-se um hábito, torna-se um alvo, torna-se uma maneira fácil de os barrados, de os repreendidos tentarem realizar os seus desejos, que aumentam, que avolumam proporcionalmente com os meios, com as facilidades.

Atualmente, a cada dia que passa, o que se vê, o que se ouve em um tom crescente é o comentário, é o registro de atos cada vez mais horrendos, mais animalescos, bestiais e tudo isto é porque estão aumentando o número das pessoas que querem satisfazer os seus desejos, as suas ambições seguindo os atalhos, os meios mais fáceis, os meios mais rápidos.

Imagine qual seria o volume de ocorrências, se cada ato forçado, se cada desfeita sem causa justificável ou mesmo com um motivo plausível, se cada prejuízo causado por vontade consciente ou inconsciente de terceiros, se cada tentativa de realização de atos contra a honra e o patrimônio de terceiros fosse um registro policial.

Imagine, também, que confusão seria, se todas as ocorrências e atos registrados nas delegacias fossem divulgados, chegassem ao conhecimento do público em geral.

Não é registrando todos os fatos considerados abusivos, que iria resolver o problema da marginalidade. Porque, muitas vezes, um caso banal, tornado público, tornado oficial é lenha que cai na fogueira. Porque certos atos considerados corretivos, é simplesmente o agravamento das chagas.

Não é ocultando atos graves, com medo de enfrentar a realidade, com medo de enfrentar a opinião pública, que irá melhorar a ação dos bandidos. Muitas vezes, o ocultamento de um primeiro ato, é o incentivo para a realização de uma cadeia de outros atos.

Qual é a maneira ideal para se enfrentar a marginalidade?

A maneira ideal não existe. O método eficaz de excelente eficiência é uma utopia.

O ideal, seria que a humanidade agisse como de pai para filho; de irmão para irmão, ou melhor, agisse como eternos namorados; como os grandes amores construtivos, que só desejasse o bem do próximo.

O método eficaz seria aquele que eliminasse todas as ações dos malfeitores. O método de excelente eficiência seria aquele que desvendasse todos os atos praticados e que aplicasse corretivos, que levasse o praticante ao arrependimento.

Isto é possível? Para aqueles que acreditam em um Deus Onipotente, restaria esta possibilidade, esta esperança, Ele poderia aplicar estes métodos. Para aqueles que não acreditam nesta existência, nem isto restaria. Portanto, em termos de humanidade isto é irreal, é sonho, é utopia.

A melhor maneira de combater a marginalidade, os atos abusivos, os atos lesivos é evitando as facilidades, dificultando as ações, eliminando as possibilidades. Lembre sempre do sábio dito popular: “O que os olhos não vê, o coração não deseja”.

Caso tenha mesmo que enfrentá-los, uma das melhores maneiras é o elemento surpresa, mas além de perigoso é de resultado imprevisto. Depende imensamente de sorte, do momento, do poder de ação, da agilidade e da sagacidade. A melhor maneira é a inatividade, a imobilidade.

Depois do ato consumado. Muito bem. Depois da ação realizada, há quatro maneiras especificas de agir.

1 - Por dever, por obrigação, a fim de evitar complicações futuras. Nestes casos o registro da ocorrência é questão de necessidade.

2 - Por impetuosidade, por ira. Nestes casos, o registro é um mais perigo. Porque, quase sempre, apresenta suspeitos. E os suspeitos, às vezes são apenas suspeitos.

3 - Por desejo de reparação do ato. É um dos registros mais sensatos.

4 - Evitando a publicidade, ocultando a ocorrência, esquecendo a recuperação. Isto pode até ser bom, evita-se um inimigo. É bom lembrar de um outro provérbio popular que diz. “Quem bate esquece”. Entretanto, pode estar incorrendo no erro do incentivo.

Por estas despretensiosas apreciações, compreende-se que não há uma maneira específica de agir. A maneira depende do momento da ação, do local da ação, do bem atingido e do estado de espírito da vítima.

Diante destas explicações, dos fatos que você tem conhecimento, por experiência própria ou apenas por notícia. Se houver necessidade de decidir sobre atos envolvendo terceiros, é melhor pensar bem nas conseqüências, antes de agir.





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