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Artigos-->QUANDO COMEÇAR? -- 25/04/2008 - 11:26 (Pedro Gomes da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
QUANDO COMEÇAR?



Pedro Gomes da Silva





Qual é a idade que uma pessoa está capacitada a decidir o que quer na vida? Será que há este limite predefinido? Quanto aos ideais. Será que há um impossível, irrealizável?

Para as pessoas encarregadas, incumbidas de executarem ou aplicarem a justiça, as normas legais, às leis há idade e prazos quase para tudo (quando são os outros que têm que cumprirem e necessitam), porém algumas dessas normas não são seguidas, principalmente se for para beneficiar os menos favorecidos. Mas na vida cotidiana não deveria ser assim.

A espécie humana, entre todos os animais, é a de mais longa dependência e a cada dia que passa, as autoridades querem aumentar ainda mais este longo período de dependência para os mais necessitados.

Afirmo com convicção, que não há uma idade predeterminada para uma pessoa deixar de ser dependente, como, também, não há um ideal impossível ou irrealizável. Há sim, os difíceis.

Quanto à dependência, concordo que devemos proteger os incapacitados física e mentalmente por causa da dependência de que são portadores, porém devemos ajudar, incentivar os demais a conquistarem a independência o mais cedo que forem capazes.

A capacidade de agir varia de pessoa para pessoa, como varia, também, a idade de agir. Há pessoas que para adquirirem capacidade, necessitam de muita ajuda, muito incentivo e até, mesmo, de algum castigo, independente da idade que têm. Há outras que necessitam apenas de oportunidade e orientação.

Desde que os filhos da grande maioria das famílias passaram a nascer e crescer protegidos por leis instituindo a inatividade produtiva, que, quando começaram a tomar conhecimento da vida, a marginalidade em nosso país foi aumentando.

Combater e corrigir os excessos, a servidão, a escravidão dos menores é necessário, entretanto, simplesmente barrar ou instituir a inatividade é prejudicial às pessoas e a nação.

Acredito piamente, que, com a nossa desigualdade social e econômica, quanto mais cedo a pessoa aprender a conquistar a independência, mais chance de progresso ela terá, mais chance de ser uma pessoa feliz em sociedade ela terá.

Aproximadamente aos cinco anos de idade as crianças começam a distinguir o que é melhor, o que é mais saboroso ao paladar, começam a definir o que querem e começam a exigir a satisfação dos seus desejos, dos seus gostos, dos seus caprichos. Quando isto acontece é sinal que chegou o momento do aprendizado lento e progressivo. Entre estes aprendizados está o da aquisição do que desejam, da conquista do que querem, do que precisam, da independência. Para isto precisam ser ensinadas, precisam ser incentivadas a realizarem tarefas dentro da sua disponibilidade de tempo e capacidade física para terem direito a receber o que precisam e não apenas receber gratuitamente como um dependente, como um incapacitado. Precisam ser incentivadas a traçarem metas realizáveis e ajudadas a conquistá-las, a realizá-las, mesmo que com certo sacrifício. Uma pessoa assim ensinada, assim incentivada, orientada, ao entrar na adolescência já é capaz de discernir o que é um ideal realizável de um sonho impossível, dentro da sua capacidade naquele momento. É capaz de discernir o que é um objetivo realizável com facilidade de um objetivo que necessita ser batalhado, ser conquistado com sacrifício. Se uma pessoa, ao chegar a adolescência, está acostumada e aprendeu a receber tudo de graça, vai continuar querendo tudo com o menor esforço, sem se preocupar com o sacrifício do fornecedor. Se não recebe imediatamente o objeto do desejo, algumas ficam predispostas a irem buscá-lo onde o vi, sem se preocupar com decência, com costumes ou moral dos responsáveis por sua dependência ou da sociedade em geral. Essa pessoa, esse dependente imaginário ou imposto, simplesmente está satisfazendo o seu desejo, o seu capricho de ter ou fazer o que o colega, o amigo tem ou fez, sem se preocupar com as conseqüências do seu ato, só porque não foi bem orientado, aumentando, assim, o percentual da marginalidade, dos atos ilícitos. Poucas são as pessoas adolescentes, criadas na inatividade, que ao sentir o desejo de possuir um bem qualquer, parte para a conquista verdadeira, com o próprio esforço e quando isto acontece, o sacrifício é maior e os erros também. A grande maioria prefere esperar, ficar sem o objeto, reclamar ou tirar de alguém.

Portanto, considero que na adolescência, a pessoa entrou na fase da capacidade total. Se ela foi ensinada desde pequena, está capacitada a conquistar a independência, está capacitada a interpretar melhor os ensinamentos, está capacitada a idealizar melhor os objetivos e traçar metas para conquistá-las. Quem não aprendeu a conquistar, a quem não foi oferecida a oportunidade de conquistar os objetivos, fatalmente vai realizá-los pelo caminho mais propício, mais fácil, mais rápido.

Uma das coisas que o ser humano só adquire capacidade na adolescência, sem necessidade de ensinamento e incentivo é a procriação. Mesmo assim, hoje em dia, a procriação responsável necessita de ensinamento desde pequeno.

Em vez de leis mal interpretadas, mal aplicadas, proibindo o trabalho de menores, deveríamos ter leis de incentivo aos menores. Deveríamos ter mais oportunidades para os menores e não prolongar a completa dependência deles. Não se é bom profissional sem prática. Não se aprende a executar apenas por ouvir, sem oportunidade. Só os dotados de capacidade especial não necessitam de incentivos, porque já as possui. Os demais necessitam de incentivos para conquistarem o progresso pessoal, familiar, da nação.

Qualquer animal irracional é domesticável e aprende muita coisa com certa facilidade, desde que ensinado no começo da domesticação. Entre os animais irracionais, o papagaio é uma das espécies que fala, mas só aprende melhor quando ensinado desde novo. Assim, também, é a espécie humana.

Em IZABEL QUEBRA A TRADIÇÃO, a personagem principal aprendeu tudo sozinha. Foi a sua própria mestra, porque era dotada de moral, de decência especial, de caráter ilibado, mesmo diante da adversidade. Porém na vida real, na vida cotidiana das pessoas, as coisas são diferentes e as oportunidades, nem sempre são propícias, são favoráveis, são aproveitadas no momento certo, sem ajuda.





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