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Poesias-->Desfé -- 23/08/2002 - 20:52 (Dwo Brown) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Desfé



Domingos de Souza Filho







de gota em gota a esperança se esgota



de não poder mais, morta, a esperança já não nasce mais



a paciência delirou no peito



e calou a boca do poeta



Apesar dos barris estarem fartos



acabou-se a festa, o silêncio é o que protesta



no sono dos bêbados apagados dentre os cães







as estrelas já passaram por mim,



e os homens, e suas senhoras com repugnação no olhar,



e o sol, e a lua



já passaram sobre mim: todos indiferentes



nada dizem, apenas pensam apenas





de tão comida a puta já não goza



de tão vista a rosa já não é bela



(nem mais se vêem as rosas,



e quase nem se comem putas -



as mulheres da sociedade assumiram



seus desejos)





cada vez que o dia nasce solmente



uma vagarosa penumbra lunática



insiste em restar no peito



(como se a noite se arredasse no tempo do meu espírito)



Frio, o gosto amargo do mundo



que a mente aspira nos sonhos,





"Cansei de me cansar"



disseram-me as retinas





esperar o impossível não mais me espera



(mover a estátua.;



e sem vento, sem água, sem força



tocar o moinho.;



gozar no estéril.;



transar o cadáver.;



sonhar o inconcebível.;



entranhar o impenetrável.;



rasteirar o paraplégico.;



ignorar o lógico)



esses acúmulos juvenis hoje me infartam.





E o amor: desamém!





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