Quanto mais mentiras nossos adversários disserem sobre nós, mais verdades diremos sobre eles" -
José Serra.
A Oposição não deve transformar a campanha eleitoral em uma sucessão de desmentidos, pois não teria tempo e sucesso na empreitada. É notório que Lula mente muito. É visível que Dilma mente muito. É incontestável que o PT mente muito. Tanto é que o que deixou o petismo mais irritado foi o site "Gente que Mente" que, acionado pelo PT, recebeu o aval da Justiça para continuar desmontando as mentiras de Dilma e de Lula. Portanto, não é um programa de TV que deve mudar a linha adotada pela Oposição e assimilada perfeitamente pelos seus apoiadores. A frase que sintetiza a estratégia foi dita por José Serra ao anunciar a sua pré-candidatura: "Quanto mais mentiras nossos adversários disserem sobre nós, mais verdades diremos sobre eles". O PSDB tem, junto com os seus aliados, quatro programas até junho, onde poderá mostrar, por exemplo, o Luz no Campo, visitando os primeiros locais pelo interior do país onde ele foi implantado. Afinal de contas, o Luz no Campo, lançado em 2 de dezembro de 1999, está completando 10 anos. É ou não é um motivo de festa? Milhares de brasileiros podem testemunhar como a sua vida mudou com a chegada da energia elétrica. O PSDB pode ir a campo e levar um brinde de 10 anos do programa para estes brasileiros. Pode até perguntar: "foi a Dilma quem trouxe a luz para a sua casa?". É muito fácil combater a mentira. Basta mostrar a verdade pela boca de quem não mente e não aceita mentiras: o eleitor. Não adianta o político ir para a TV dizer que o outro político está mentindo. O povo faz isto muito melhor na rua, de forma concreta. Não é preciso dizer que o PAC está empacado e é menos de 20% do que propalam. Tem que botar o candidato pisando no barro e indo lá nas obras para mostrar: "esta obra aqui estava prometida para 2010; ela é muito importante; ela está atrasada por falta de gestão, de comando, de organização; nós vamos terminar esta obra no primeiro ano de governo; como fizemos em São Paulo; e mostra São Paulo." Por fim, não há como não abordar o passado terrorista da candidata, obviamente que sem a crueza e a frieza da internet. Ontem José Serra disse uma frase emblemática: " eu nunca participei da luta armada". Basta mostrar o candidato na sua biblioteca dizendo que escolheu um livro, não um fuzil para defender a democracia. Até porque os grupos armados no Brasl estavam defendendo tudo, menos a democracia. Serra também pode aproveitar e mostrar os seus diplomas de mestrado e doutorado e dizer que tem orgulho deles. Contra a mentira dos diplomas da Dilma, a verdade dos diplomas do Serra. Não podemos esquecer que eles são "gente que mente". E como mentem. O caminho não é a defesa do desmentido. É o ataque da verdade.