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Poesias-->Versos Tristes da Infinita Agonia -- 24/08/2002 - 00:46 (Rafael Campos) |
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eu, espírito de carne putrefata e natural
verme condizente da própia existência
consumidor da mesma decadência
existo também deste triste revival.
mentiras! mentias leviana e casta
este sorriso demôniaco numa face de anjo
gargalhas de mim enquanto esbanjo
minha infortúnia juventude nefasta.
deliberadamente assassino e cruel
rodeado por este antropófago abutre
conformado com uma paixão que me nutre
doce como a lua, amargo como o fel.
é dessa orgia de paixões
dessa morte dos corações
apaixonados
que se esbanjam meus poemas
turvos como a morte
libertadores como o nascer do dia.
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