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Artigos-->Nostálgico de carteirinha -- 28/05/2000 - 11:50 (Horácio Matoso) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Nostálgico de Carteirinha





Na cidade Quixeré, onde residi por quase 6 anos, e por pouco não fui considerado persona non grata, tornei-me nostálgico de carteirinha.

Fluía o ano de 1984.

Chegava ao qüinquagésimo primeiro aniversário.

Nos finais de semana, o mago do violão Zé Maria, caprichava mas músicas do grande seresteiro Altemar Dutra.

Certa ocasião, encontrei o violonista num barzinho do Valdenilo na estrada de Quixeré para Russas,

Ali se encontrava executando suas músicas para vários apreciadores.

Quando adentrei o recinto, solicitou-me carona até Quixeré. Como o meu destino era a cidade de Russas, prontifiquei-me a transportá-lo, entretanto, teria que me acompanhar ao meu destino e, disse que, dentro de algumas horas, estaria retornando.

Proposta aceita, conduzi o Zé Maria até a residência do prefeito da época, Dr. Zilzo, e, em lá chegando, pedi que tocasse a música da campanha do prefeito, a canção

" Fuscão Preto".

O papo na residência do prefeito prolongou-se até altas horas, e ao chegarmos à cidade de destino, o violonista achou que havia cumprido o contrato, quando, na verdade, teria que tocar até que eu o dispensasse.

O contrato verbal celebrado com o violonista rezava que ele não pagaria nada pelo transporte, tinha o direito de beber e em contrapartida tocaria até que fosse por mim liberado.

Em dado momento, o Zé Maria, aproveitando minha ausência da mesa, ia saindo de mansinho, quando alguém me avisou.

Chamei a atenção e este me pediu que o deixasse ir embora, pois seu relacionamento com a esposa estava estremecido.

Imediatamente, liberei, pois, na verdade, acho muito difícil o relacionamento de um casal, quando o marido passa noites seguidas fora de casa, fazendo a alegria de muitos nostálgicos.

Hoje, sinto saudades desse tempo, que me proporcionou a feliz oportunidade de fazer amizades e conservá-las até hoje.

É bem verdade que alguns não souberam corresponder, entretanto, tenho a grata satisfação em afirmar que a grande maioria continua sendo de bons amigos.



Autor Horácio Matoso, jornalista e escritor

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