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Textos_Religiosos-->Delinquência Infantil -- 19/11/2005 - 19:34 (Alkiria Xavier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos



repassado por Marcio Menezes de momentos enriquecedores - Yahoo Gruopos:
DELINQÜÊNCIA INFANTIL
AMILCAR DEL CHIARO FILHO

Os adultos estão perplexos com as maldades que muitas crianças
são capazes de fazer. Não raro, elas se mostram cruéis, a ponto de assustar
até policiais acostumados a combater o crime adulto. Os exemplos são muitos,
no estrangeiro, e também aqui em nossa pátria. Mas não vamos enumerá-los,
nem demonstrá-los, pois qualquer pessoa que assiste televisão, ouve rádio e
lê jornais, está sabendo o que se passa no mundo.
Mas quais são as razões para isso? Estaria certo o pensador que
diz que a criatura nasce boa, mas a sociedade a corrompe? Não! Não podemos
aceitar essa afirmativa diante do conhecimento espírita.
O que ocorre então? É o que vamos tentar analisar.
Sabemos através da Doutrina Espírita, que essa não é a primeira
vez que nascemos aqui na Terra. Somos criaturas milenares, já tivemos
muitas reencarnações, e construímos uma personalidade, que a cada
renascimento objetivamos melhorar. Cada ser humano que nasce aqui na Terra
já traz a maldade ou a bondade sedimentada anteriormente. A misericórdia de
Deus faz com que nasçamos pequeninos, completamente dependentes de nossa
mãe, pois, entre os mamíferos, somos os únicos seres que, se não formos
colocados ao peito, morremos de fome. Nascemos com a aparência da inocência.
Passamos pela lei do esquecimento, e as virtudes e defeitos da nossa
personalidade ficam em letargia, e se manifestam como tendências e vocações.
Logicamente os exemplos têm um grande peso na formação da
personalidade atual. Ela desperta tendências e vocações, embora seja
possível resistir a essas tendências. Por exemplo: existem pessoas
maravilhosas, dignas, honestas, dedicadas ao bem, no seio de famílias
desestruturadas, com
elementos maldosos, ruins e desonestos. E também criaturas viciosas e ruins,
violentas, criminosas, no seio de famílias bondosas e honestas. Portanto, a
inocência demonstrada pelas crianças nos primeiros anos de vida, nem sempre
é uma superioridade real, mas é a imagem do que elas deveriam ser.
Ao fazê-las assim frágeis e com aparência da inocência, Deus visa também os
pais, pois o amor ficaria enfraquecido se a criança demonstrasse um caráter
viril, impertinente. Entretanto, com o crescimento, ela começa a demonstrar
seu verdadeiro caráter. Se ela não foi educada devidamente, até então, daí
para a frente tudo será mais difícil, e a dor passa a ser a educadora. As
tendências malvadas, que ficaram ocultas pelo véu da inocência, aparecem com
todas as suas cores e matizes.
Existe ainda outra grande utilidade para a infância. Como a
finalidade da reencarnação é a evolução, a debilidade dos primeiros anos
torna-as flexíveis, acessíveis aos conselhos e exemplos dos que devem
fazê-las progredir. Elas podem, então, reformar o seu caráter e reprimir as
suas más
tendências. Esse é o dever que Deus confiou aos pais, missão sagrada pela
qual terão que responder.
O período infantil é uma lei natural de mundos como o nosso,
talvez de todos, e a sua utilidade é inquestionável. É por isso que, os
reformadores sociais, não encontrarão as respostas completas sobre o porque
da criminalidade infantil, da crueldade e viciações apresentadas por muitas
crianças.
Embora muitas causas apontadas pelos sociólogos e educadores
estejam certas, só a preexistência pode explicar inteiramente.


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