Olá!
Vejam quanto mistério há nesse poema de Emílio Moura, poeta contemporâneo e amigo de Carlos Drummond de Andrade.
Neste ano, comemora-se o centenário dos dois grandes poetas, que foram homenageados com exposições no 3o Salão do Livro de Minas Gerais.
Mais poemas e informações sobre Emílio Moura no site www.emiliomoura.hpg.com.br
Abraços,
Abilio Terra Junior
Lamento em voz baixa
A vida que não tive
morre em mim até hoje.
Chega, límpida, pura,
sorri, pálida, foge.
A vida que não tive
salta, viva, de tudo.
Se me sorri nos olhos,
com que ilusão me iludo.
A vida que não tive
é o que há de mim em mim,
chama, orvalho, segredo
do nunca de onde vim.
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