As horas rastejam sofegas ,
e nós olhamos o tempo
furtar a única esperança,
de um espaço qualquer,
de vacúo infinito de dor,
que invade os olhos dos que choram,
que sofre, que sente,
que corrói aos poucos os cantos do coração,
que não suporta mais e cai ,
num desespero total,
de ver o fim próximo ,
o vazio e a escuridão,
um olhar para o nada,
e uma obra inacabada. |