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Contos-->Lenda -- 09/06/2000 - 01:59 (Eduardo Henrique Américo dos Reis) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Numa bela manhã de Domingo nas férias de verão, início de Janeiro, quatro amigos combinaram de ir até uma pequena mata afastada da cidade para andar de bicicleta, onde, talvez, passariam a noite.
Quase na hora do almoço, depois de prepararem as bicicletas, algo para comer e beber e as mochilas com agasalhos, os rapazes saíram da casa do mais velho. Ele era daqueles que, só por ser mais velho, queria mandar em tudo.
Assim como toda turma tem um mandão, entre eles havia também um mais lento, que sempre ficava para trás. Logo quando entraram na estrada, fora do perímetro urbano, lá estava ele a quase meio quilômetro de distância. Os outros três só pararam para esperar o lerdo no início da mata.
A mata era propriedade pública, por isso não haveria problema algum se os rapazes entrassem lá. Formava uma parte mais afastada de um dos parques da cidade.
Pedalaram, pedalaram até chegar num pequeno riacho. O mais lento, só para variar, demorou à chegar ao grupo. Ele reparava muito nas coisas, “Ei, vocês viram? Olhem para cima, os raios do sol passando pelos galhos das árvores... é bonito!”. Um dos rapazes também gostou. E deitado nas folhas secas caídas no chão disse que esta era a melhor parte do passeio. Ao som das águas, com os amigos, admirando a beleza do balé dos raios solares... o que poderia dar errado?
Fizeram um pequeno pique nique, se banharam no riacho e continuaram a desbravar a mata. O mais lento, ficou maravilhado com os raios do sol e disse que iria depois. “Você é muito vagaroso, levanta daí e vamos embora!”, gritou o mais velho. “Pode deixar, eu fico também! Ele não vai se perder!”, respondeu o outro rapaz sensibilizado com o fenômeno da natureza.
Então, o grupo se separou. Dois continuaram a trilha e os outros dois ficaram ali, deitados no chão.
Por mais de meia hora se mantiveram totalmente imóveis e calados. Foi quando o mais lento resolveu levantar. Caminhou até o riacho, jogou um pouco de água sobre a cabeça e ficou brincando de quicar pedrinhas na água até afundarem. Quando parou, observou do outro lado do riacho, um grupo de árvores estranhas. Tinham raízes muito grossas, folhas imensas e flores maravilhosas.
Ele achou que eram tão diferentes que se dirigiu até elas. Olhou, tocou as folhas, eram ásperas, reparou nas grandes raízes...quando retirou um pedaço da cortiça do tronco de uma das árvores, sentiu uma grande força magnética puxando seu corpo em direção a árvore. A força imensa deixou o rapaz apavorado. Ele tentava lutar mas não conseguia. Com o rosto colado no tronco rústico do vegetal, tentava afastar o corpo daquele gigantesco ímã natural. De repente nota que suas mãos começam a penetrar na madeira, desesperado, começa a gritar.
O amigo demora à encontrar o caminho dos gritos. Atravessa rapidamente o riacho, tomando um grande tropeção na água. Quando chega até o local, vê a cena mais extraordinária de sua vida. A árvore havia sugado o corpo do mais lerdo e somente metade de um dos pés podia ser vista. Tentou fazer alguma coisa, mas ficou chocado. Depois do susto... o desespero. Iniciou uma sequência de gritos por socorro, mas naquele momento os outros dois rapazes já deviam estar muito longe.
Saiu correndo em direção as bicicletas, escorregou em algumas pequenas pedras e no instinto reflexo segurou num galho de uma das árvores que quebrou levando-o a cair de costas sobre a raiz. E em poucos segundos se formou um corpo humano perfeito de madeira e cortiça.
Na volta, os dois rapazes passaram pelo mesmo local, não avistaram ninguém, nem as bicicletas e partiram de volta para a cidade. Imaginando um desastroso desencontro.
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