A bandeira da paz
Fernando Zocca
Nesses dias em que vivemos momentos bastante conturbados; nestes tempos nos quais sobrevivemos, às mais furiosas intempéries; nos quais os valores morais ressaltam o egocentrismo, em detrimento dos interesses coletivos, vemos que sem o altruísmo, tudo pode se agravar.
Correntes formadas com educação tosca, ao defenderem interesses contrários ao bem estar e preservação do meio ambiente, conturbando a paz, utilizando comportamentos segregacionistas, não pensam em nada mais do que no próprio lucro pessoal, seja a que preço for.
A ética que vemos imperando é a da salve-se quem puder, do "Fulano morreu? Antes ele, do que eu...", sem atentar para o fato de que o bem estar de todos, depende do bem individual.
Eu penso que para haver a paz é preciso compreensão. No meu entendimento, toda crença baseada na ignorância e no temor, não conduz à verdadeira paz de espírito.
A conturbação pessoal, e por conseqüência, familiar, tem como base, a ausência de conhecimento, no tateio da verdade, do caminho, às vezes, quase impossível de se achar.
A culpa dessa bagunça psíquica, desse tormento pessoal e, por conseguinte familiar, não é do outro, do alheio, mas sim própria mesmo. A paz conseguida com a acusação do diverso, não é duradoura.
Nosso erro está, creio eu, no abuso das atitudes contrárias à própria natureza humana. Nos hábitos perniciosos, que afrontam à boa saúde física, residem a danação pessoal, que invariavelmente, conduzem à desagregação familiar.
Não está no outro, no vizinho, o erro que conduz ao câncer, à loucura, à agressão à faca, com tijolos ou palavras. O engano está nas atitudes pessoais, nas escolhas diárias, nas preferências nossas que confrontam o equilíbrio, o bom senso, e as boas regras da manutenção do sadio, do higiênico.
A ausência da luz, provoca uma espécie de loucura agressiva, uma maldade sem tamanho, uma tristeza que só passa quando se faz o mal para alguém. Isso pode agregar, no principio os semelhantes convencidos de que na demonização de alguém, está a paz própria.
A ausência do calor, das boas atitudes trazidas pelo conhecimento, dana não só o pobre e infeliz sofredor, mas todas as pessoas, entes familiares agregados no entorno.
E diante disso, da ausência do conhecimento dos bons princípios, do ABC do amor, o que é que podemos fazer?
Eu creio que só agindo como agiu Jesus Cristo, só sentindo o que sentiu o crucificado, pode o homem salvar-se da maldade do mundo.
É o que eu penso meu amigo, é o que eu tenho dito.
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