O dia passa, a noite passa,
A vida passa,
Em desamor, que saudade!
Ah, que saudade, que saudade
Que saudade de amar!
Que vontade do toque
Que necessidade do beijo,
Assim, assim,
O dia não passa, a noite não chega,
O mundo não é mundo, é só planeta,
Planeta que gira e que gira
no mesmo lugar.
Que saudade, que saudade!
Que vontade de viver
De novo, nos braços teus,
E, assim,
No fim do caminho, o resto do vinho,
Tomar num cálice límpido
O vinho, o vinho
Que o teu lábio rouba do meu.;
A vida passa, a morte não chega,
Em São Paulo, no Rio de Janeiro,
Hoje ou amanhã,
No Ibirapuera ou em Itapuã
Lembro teu beijo, lembro teu cheiro,
Lembro teu nome,
Lembro teu gosto na minha boca
O teu perfume na minha tarde
Que saudade, que saudade,
Que saudade!
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