Usina de Letras
Usina de Letras
14 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62298 )

Cartas ( 21334)

Contos (13268)

Cordel (10451)

Cronicas (22541)

Discursos (3239)

Ensaios - (10394)

Erótico (13574)

Frases (50690)

Humor (20042)

Infantil (5462)

Infanto Juvenil (4786)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140827)

Redação (3311)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6215)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cordel-->1ªparte da vizita qui Ieu i Jorgim sale fez ao Dotô Rubêno -- 27/02/2003 - 20:23 (Zé Limeira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Dotô Rubêno marcelo,
Hôme qui muito Ieu istimo
Sempre na sua presença
O meu coração animo,
Com sua ortorização
Eu faço a cordelação
Pruqui facirmente rimo.

Nesse cordé mais ieu primo,
Pruqui tem di sê assim,
Pois alêm di falá di Tu,
Falo do mano Jorgim,
Cabra bom qui adumiro
Se bem dêle mi arrifiro,
Iele tamém faiz di mim.

Cum Tu tamém é assim,
A muito ti tenho amô,
Num pruqui seje acadêmio,
Seje formado i dotô.
Ingenhêro i adivogado,
Federá i delegado
Poeta i iscrivinhadô.

Dêrne qui Ieu visitô
Tua casa a vêiz premêra,
Dernê do ano passado
I inté mi deu zonzêra
Do jeito quiela é bunita
Né todo mundo qui habita
Pruqui num é prá quem quêra.

Lá num si inxerga puêra,
É limpa e muito pulida,
Um cazarão atrepado,
Todo de táuba currida,
O elevadô entra é nela,
I dêxa nois drento dela
Na sala curta i cumprida.

O qui mais gostei na vida
Foi do tapête vrêmeio
Qui infeita aquela sala
Distindido bem no mêio
Dum chão assim riluzente
Qui alegra os zóio dagente
Cuma si fôra um ispêio.

Dôdo Rubêno é o istêio
Di uma famía bela,
É naquêle cazarão
Qui ele mora cum ela
O castelo dondi é Rei,
Com us fí Rômulo i Ronei
I Mazé Rainha dela.

Só hoje vi teu imêio,
Purisso tô inscrevendo,
I meu tempo é diferente
Dois qui inda tão vivendo,
As vêiz Iêu fico pensando,
I o tempo vai si iscuando,
I passa um meiz, num intendo!

Mais vô cumeçá dizendo
Cuma foi qui aconteceu
Quando o Jorgim Chegô,
I quem foi qui o arrecebeu,
Quando Iele chêgo avuando,
Foi o dôto Iderbrando,
Rubêno marcelo i Ieu.

Ieu já tava a argum tempo
La na casa Do Rubêno,
I modi passá o tempo
Ieu ficana mi intertêno
Naquêle mermo salão
Qui tem a telavizão
Junto cuns minino veno.

Na sala do computadô,
Dondi fica o violão,
E donde Dõto Rubêno,
Busca tê inspiração,
Mode compô melodia,
I as veiz, seje noite ô dia,
Faiz suas incrivinhação.

No tempo di lampião,
Ieu tinha pôco dinhero,
Mais cuma Ieu adumirava
Todo cabra escopetêro
Sonhava em pudê comprá,
Um fuzí modi atirá,
Uma combréia i um granadêro.

Cuma sô um hôme ordêro,
Sempre qui posso, didia,
Vô no quarto du Rubêno,
Matar minha curiosia,
Óiando seus armamento
I sinto nesse momento
Um motão di aligria.

Ieu num posso hoje in dia
Impunhá um armamento,
Sô um Preto infumaçado
Mais chêgo purum momento
A sintir muita inluzão,
Chego a instedê a mão,
Mas é cuma pegá o vento.

Dispois Ieu vô i mi assento
Nas potrona la da sala
Donde fica a televizão,
I ali uma sordade istala,
I as lágrima corre dos zóio
Pruqui ela vem di móio
Qui chego a perdê a fala.

O meu coração só cala,
E vorta a tê aligria
Quando o mininim canhoto
Faiz as suas istripulia,
Quiria qui ele pudesse
Mi vê, i inté qui subesse
Qui o Preto véi ixistia.

Vortemo agora pru dia
Em qui o Jorgim chegô
Ia vim uns violêro
Qui Rubêno cunvidô,
E o Edison gaudéri
Um cabra fora do séri
Qui o churrasco apreparô,

Quando o avião chegô
O Jorgim foi arrecebido
Por Idebrando i Rubêno
Qui o buscá tinham ido,
Tendo sempre ali do lado
Esse preto infumaçado,
Invizive i inxirido.

Dei um sôpro inseu ôvido
Pra marca minha presença,
O Jorgim si arrupiou,
Mais cuma sabe ciênça,
Pensô Ineu, cum certeza,
Pruqui Ieu senti firmeza
Na sua sabiolença.

Ieu sem pidí nem licença
Vortei junto à comitiva
Imbora ninguém mi ovisse,
Ieu alegre dava viva,
Di vê alí arreunido
Dois amigo tão quirido
cuma jamais tive em vida.

Mi adiscurpe meu amigo, adipois Ieu tremino.
Aqui né ôtro não meus fí, é Limeirinha do Tauá, preto véio azulado, qui já morreu i num tem inveja di quem tá vivo.

Limeirinhadotaua@yahoo.com.br
















Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui