O senador Democrata Barack Obama segue firme na trajetória eleitoral rumo à presidência dos Estados Unidos. Seus discursos com relação a finitude das jazidas de petróleo, que comprometeria a mobilidade de todos os veículos automotores, são no sentido de reforçar os subsídios federais, do governo norte-americano, aos produtores de milho.
Nos Estados Unidos, o álcool anidro, que já está sendo utilizado na composição da gasolina, é feito com o milho. O processo utilizado pelos industriais americanos é mais caro e menos rendoso do que o da indústria brasileira de álcool.
No Brasil o combustível feito da cana de açúcar é utilizado desde a década de 1980, quando as fábricas nacionais passaram a construir motores específicos para esse tipo produto. Nesse sentido até motores de avião funcionam com o álcool anidro.
Os adversários da política defensora da produção do álcool da cana de açúcar, argumentam que a utilização de grandes áreas de terra, para o cultivo do vegetal, deixariam de gerar os demais alimentos destinados à alimentação humana.
Por outro lado, um dos aspectos mais danosos do cultivo da cana de açúcar, as queimadas, utilizadas para facilitar o corte do vegetal estão sendo suprimidas. É que as grandes máquinas colheitadeiras já compõem e fazem parte do cenário de quase todo usineiro do Brasil.
A colheita da cana, feita há séculos por força muscular, agora substituída pela mecanização, evita inclusive as mortes súbitas de trabalhadores, durante esse tipo de trabalho estafante.
As legiões de trabalhadores livres, teriam oportunidades para dedicarem-se a outras atividades rendáveis, tais como a aquisição de novos conhecimentos técnicos e a produção artesanal.
Piracicaba é um dos municípios do Estado de São Paulo que mais geram a cana de açúcar. No passado houve tentativas de diversificar a produção agrícola, mas nem mesmo pequenas lavouras de mamona, tiveram progresso.
