É engraçado como o sentido da palavra "amizade" mudou tanto nestas últimas décadas.
Eu me lembro bem que tudo começou a mudar lá pelos meados dos anos 60 onde "amizade" era sinónimo de "proteção", de "liberdade" e até mesmo e principalmente de "sobrevivência", porque na medida que para se acabar literalmente com a vida de uma pessoa e sua família, bastava um telefonema acusando-o de comunista, para que a "ditaburra" ditadura movesse a sua máquina enferrujada de guerra, porém letal aos civis, e sem nenhum julgamento ou sequer simples inquérito, condenasse à quela família a sofrimentos FMI - Físicos, Morais e Intelectuais.
Nessa época era imprescindível ser amigo ou parente, nem que muito distante, de algum militar, qualquer que fosse, do soldado ao general, mas era melhor que fosse do Exército, que era na realidade quem mandava. A Marinha e a Aeronáutica vinham em segundo plano. Também com aquela banheira flutuante do "Minas Gerais" e mais meia dúzia de três ou quatros navios, todos comprados a preço de banana dos Estados Unidos, com pouco tempo de uso - somente duas Guerras Mundiais - a Marinha só podia exigir mesmo uma vice-presidência e assim mesmo vez em quando.
À Aeronáutica cabia apenas alguns ministérios e passe a mão no troco visto que a melhor esquadra aérea em operação naquela época era a "Esquadrilha da Fumaça" somados a alguns teco-tecos que melhor serviriam se fossem utilizados como dedetizadores nas fazendas.
E assim foi por todo o período da "DitaDura" militar que arrastou-se até 1985 com a semi- abertura política do Figueiredo que proporcionou a semi-democracia, já que o presidente civil, não foi escolhido pelo povo e sim pelo dito "colégio eleitoral", aonde só existiam "repetentes" e que ocasionou a menos que semi governança de Tancredo Neves, que nem posse tomou pois foi ou foram embora com ele.
Nesta nova fase, a palavra "amizade" era sinónima de "cautela" - para que "não voltasse tudo o que era antes no quartel de Abrantes", e quartel nessa frase não tinha o sentido figurado; de "subserviência" - o presidente dá a última e firme palavra, "Sim Senhor, General" - e, é claro de "Maranhão" - pois dá-se o início a longa e ainda atual "Era Sarney", ora tão bem e fielmente representado por sua "honesta e impoluta" filha.
Dos Sarney aos Coloridos, do velho ao garotão, da seriedade ao Show Business, a palavra "amizade" teve vários significados: "informação" - para poder sacar seu dinheiro dos bancos antes do bloqueio financeiro; "Zélia Cardoso de Melo - o sobrenome é pura e infeliz coincidência - onde definitivamente foi criado a máxima "não existe mulher feia - ainda mas se ela estiver no poder - existe é mulher pobre" que é tão verdadeira que até contaminou um ilustre comediante global; "PC" - que obviamente não quer dizer "personal computer", visto que esse não é amigo de ninguém, somente dos vírus que permite entrar pelas suas "portas dos fundos", para nos atanazar e levar as raias da loucura. O "PC" no caso é o Farias que faria e fez, e armou tantas que em uma dessas, graças à traição do presidenciável irmão, Pedro Collor de Mello, derrubou o "Colorido" amigo, originando os personagens de D.Pedro II e seu irmão Miguel na paródia "Quinto dos Infernos".
No atual governo, a palavra "amizade" passa a ter um significado mais internacional, devido, certamente, as viagens do Sr. Fernando Henrique pelo mundo, mas também significa "esquecimento", visto que inúmeras vezes teve que esquecer quem eram seus amigos, pois tornaram-se inimigos (vide Itamar); quem eram seus inimigos, pois tornaram-se amigos (Serrá !?!); e que o povo precisa comer, mesmo que seja de vez em quando. Mas também o que esperar de um sociólogo, que ao chegar ao poder manda-nos "esquecer tudo o que ele havia escrito". O que o povo espera mesmo é conseguir esquecer dele e de seus atos, o mais rápido possível.
Mas a palavra "amizade" tem o seu mais forte significado no futebol brasileiro, senão como explicar a permanência, tanto tempo no poder, de certos cartolas como o "Euvirus SóManda" e o Caixa D´ÁguaFurada", dentro muitos outros ? do presidente Recado Peixeira, filho-genro-sócio-puxa-saco e moleque de recados do João AveCesarLange ? e do técnico Farrapão Escoriado ? Este último então, preferência internacional de Antipatia, consegue desagradar a gregos e troianos, a americanos e mulçumanos, de Arafat a Ariel Sharon, com sua teimosia mulaana em não convocar o Romário. Também quem mandou o "baixinho" não se preocupar menos em fazer gols e mais em fazer parte da CBF - Colegas Bobões do Felipão.
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