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Poesias-->gargalhadas do Destino -- 02/09/2002 - 21:13 (Isabela Mendes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Se eu pudesse desenhar uma chuva com minhas palavras.

Torná-las inúteis, inaudíveis, ininteligíveis.

Se eu pudesse chorar com elas.

Te mostrar como está a minha face.



O que causou a desesperança?

Estou aqui, meu amor.

Será ele digno disso tudo?

De nossas lágrimas, nossos desejos,

das renúncias.



Será que não estão brincando conosco novamente?

Ouve a gargalhada do Destino?

Tenho medo.

Tenho medo de ficar fria, parada.

Sem nenhum gesto de amor.

Preciso te dizer dos meus medos.



Eu sempre tive essa mania de lutar contra o que sinto.

Como o amor atormentando a gente.

Sempre tive medo de que o amor fosse produto da cabeça.

Eu queria que não fosse.

Queria que fosse além disso.

Queria que fosse mágico, sem explicação.

Queria que fosse maior que eu.

Queria que não tivesse lógica, nem endereço.

Que não estivesse longe, ou não tivesse face.

Como você, desconhecido.

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