Usina de Letras
Usina de Letras
50 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62314 )

Cartas ( 21334)

Contos (13268)

Cordel (10451)

Cronicas (22541)

Discursos (3239)

Ensaios - (10400)

Erótico (13576)

Frases (50700)

Humor (20050)

Infantil (5472)

Infanto Juvenil (4792)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140835)

Redação (3311)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6219)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->dúzias mortas -- 02/09/2002 - 21:46 (Isabela Mendes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Eram seis dúzias

de crianças mortas

e eu nem chorei.

Sabe por quê?

Porque um dia me disseram:

“Coisas da vida.

As pessoas nascem,

crescem, morrem

e isso é natural.”



Aí vi uns tantos

de propagandas ecológicas

dizendo que o homem é natural.

Natural, naturalmente

e por isso a morte é natural.



Aí uma dúzia de homens dizendo:

“morreu de morte natural?”

Aí eu disse:

“mas a morte é natural!”

“Mas é que às vezes

não morre naturalmente.

Morre de assassinato,

ou de acidente,

ou até de suicídio.”

“Então o que é morte natural?”

“Ah! Quando morre de velho!”



Era meia dúzia

de velhinhos no asilo,

e eu já perguntei

se eles iam morrer.

Todos falaram: “Credo!

Como você diz uma coisa dessas?”

“É que falaram que

quem morre de morte natural é velho.”

“Isso é preconceito!”

Dá pra entender?



AS crianças morreram de doença.

Foi assassinato?

Quem matou?

A doença?

Foi acidente? Foi suicídio?

Sei lá...



Foi por isso que quando ela me disse

que o amor morreu,

eu perguntei se era suicídio,

assassinato ou acidente.

Ela não me respondeu...

Foi pra longe e chorou sozinha.

Dá pra entender?
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui