Atravessando o discurso, e cortando suas palavras cheguei no domingo dos homens. Não há muito o que falar, nem pensar, nem deduzir.Ele acontece gregorianamente.
Domingo, creio eu, é um dia normal.Mas a gente acaba fazendo tudo diferente.
Que me perdõem os famigerados dos cànticos das igrejas, grandes, pequenas, pobres e ricas, mas passar um domingo rezando é perda de tempo - pode ser uma satisfação e alívio interior garantido para se livrar dos pecados acumulados.
Mas pensando bem, eles são dedutivos: impõem regras ou você fica com mais medo ou um medo maior de fazer parte da comunidade dos homens.
Mas veja lá! Passar a manhã de domingo numa igreja é falta de perspectiva, ou perspectiva demais. A gente também se engana.
Porquê não? Que tal todo mundo praticar algum tipo de exercício? Acho que Deus ia gostar mais disso,do que ficar bajulando-O com afoitas desculpas do pecar e abonando as vestes do pregador com valsas de dinheiro.
No domingo as coisas são diferentes : compra-se um grosso jornal quesó se lê a manchete. Também pudera! os jornais de domingo são feitos na sexta-feira. O que acontece de surpresa, vai lá o pobre redator em sua folga e encaixa qualquer coisa na primeira página.
Depois tem cerveja, antes do churrasco. Tem conversa mole jogada fora. Tem gente que fica mais bêbado do que semanalmente fica. Tem gente que não faz, tem gente que vai ver TV o dia inteiro. Tem gente de rede. De praia, de piscina. De bater nas crianças, ou de lavar o pobre o carro, sovacado de tanto esfregão.
Domingo é um dia lento e diferente. Só uma coisa atrapalha o bom domingo: quando chove. Nesta estado causuístico, você é obrigado a mudar quase todo o programa.
Mas não é comum se dizer:"Passa o domingo lá em casa.". "Almoça comigo domingo", ou, mais veraz: "Passa lá em casa no domingo prá gente tomar um uisquezinho".
E assim, passa o dolente e pecaminoso domingo dos homens.
E todo mundo não diz: domingo é o primeiro dia da semana, que se segue ao sábado e precede a segunda-feira? Bolas, ai o domingo vira rotina complicada!
