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Contos-->CAFÉ DA MANHÃ -- 06/07/2002 - 04:24 (Eustáquio Mário Ribeiro Braga) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Naquela manhã sombria uma nuvem avisava que o dia não seria tão belo quanto eles imaginavam. Mas quem precisa de um bom tempo quando se ama. Ele acordou cedo como sempre e lhe preparou um delicioso café da manhã. Ela para despistar o sono tomou um aconchegante banho. Eles se encontraram na sala. Ela estava de roupão rosa e secava os cabelos com uma toalha verde. Ele tomava o seu cafezinho despretensioso, porém quando ela lhe roubou um gole daquele cafezinho, ele não sabia da reação que teria só porque ela lhe encostou os seios meios que arrebitados pelo frio da manhã. Ele não hesitou e logo começou a beija-la. Iniciou pela nuca e passou com os seus lábios mornos por todo aquele rostinho lindo e cheiroso. O dia estava propicio para uma longa e demorada estada em casa. Era sábado, nenhum deles tinha qualquer outro compromisso. Era um dia perfeito para o amor. Porém, ela estava com muita fome. Mulher sempre acorda com muita fome. Parecia que suas energias tinham se exaurido durante a noite. Ela necessitava de energia e carinho. Ele não precisava de mais nada, pois tinham aquele monumento de mulher ao seu lado e não tinha mais nada a fazer. Dispensaria uma pelada com os amigos e talvez uma caminhada junto das beldades que circulam com os seus trajes esportivos pela manhã. Mas, se tem uma coisa que homem nenhum dispensa é um corpinho cheiroso pedindo atenção e carícias. Até eu faria esse sacrifício. Ela parecia uma princesa comendo suas frutinhas antes do café. Ele havia colocado o pão no forno para esquentar, pois ela adorava comer o pãozinho torradinho com bastante manteiga. Ele necessitava de uma vitamina de Neston junto ao iogurte. Somente um golinho de café com leite e estaria pronto para o dia. Ela fazia a festa comendo e ganhando beijinhos na boca e no corpo. Ele era todo carinho para com ela. Bem, mas nem só de pão vive o homem e, sim, de calor natural. A energia que ele precisava estava nela e, somente ela, poderia lhe aquecer a alma. Nada mais gostoso e confortável que um banquinho da mesa do café. Nada mais excitante que oferecer o seu colo a ela quando esta já perdeu o roupão. Nada mais atraente que um corpo quente cavalgando suavemente enquanto alguém lhe oferece duas taças do mais precioso mel. E quem disse que eles tinham mel em casa. Não. Não tinham, mas sentiam o sabor do mel enquanto trocavam salivados beijos. Beijos e mordidelas não fazem mal a ninguém. Nada como o raiar tímido do sol que parecia aquecer o dia com o calor exaurido daqueles corpos úmidos de desejos. Nada melhor que perceber que o frio foi embora e as nuvens foram banidas com o vento. Parecia que o sopro ao qual ele soprava por detrás da orelha dela virava um furacão e espantava as nuvens. Era brisol, e a brisa da manhã regulava a temperatura do ambiente. O desejo estava presente e nem mesmo o apito das chaleiras dos vizinhos incomodavam os dois amantes. Eles resolveram aquecer toda a casa e partiram para a sala, visitaram cada quarto e, por fim, foram a o banheiro. Entraram no Box e se banharam enquanto gastavam as últimas gotas de energia. Folhearam-se em mãos que abraçavam corpos e lavavam a alma. Estavam amantecidos e queriam gastar o dia que já virava tarde. Parecia que aquele delicioso café da manhã se prolongaria até o chá das cinco. Era tarde e para eles parecia que a manhã estava começando. Aquele café da manhã lhes deu tanta energia que eles resolveram clarear o dia, aquecer a terra e mornar a tarde. O sol virou mero coadjuvante e entristecido se pôs. Chegou a noite. A manhã se foi sem tomar conhecimento da tarde que ficou esquecida. Merecia um champanha e um delicioso jantar, pois naquele dia não houve almoço ou lanche. Ficaram comidos de amor. Que dia é hoje? O que mesmo você planejou para amanhã? Bem, quanto a você eu não sei, mas eu vou fazer o meu amanhã antes que não exista amanhã, ou não existam manhãs. A propósito quer tomar café da manhã?

(TY KYM)

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