Convenções impostas
Letras infindas povoam nossa vida
E se apossam de nós
Belos sinais, formadores de vocábulos
Alfabetadas numa disposição convencional
Palavras, linguagem, língua,
Compostas por um entrelaçar infinito de letras
Comunicadoras, expressivas...
Formadoras de termos determinantes
Divago entre elas e
Logo me vem o questionar das idéias
Por que letra é letra?
Será convenção?
Por que língua é língua?
Por que amor é amor?
Por que vidro é vidro?
Prata é prata, por quê?
Por que estrelas são estrelas?
As vezes paro e me pego a pensar,
A raciocinar o porquê de tudo isto.
Será que estes são, só e somente só,
significados. Serão estes os que realmente deveriam ser?
Desfigurá-los, impossível,
pois se assim fosse feito,
a comunicação se esvaía. Será?
Neste mundo de convenções impostas
é só isso que nos resta.; aceita-las.
Desdizê-las, jamais.
Deus me livre!
(Gustavo Aragão Cardoso)
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