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Artigos-->Os tropeiros chegaram 400 anos antes do Mercosul -- 28/07/2008 - 01:02 (Academia Passo-Fundense de Letras) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Os tropeiros chegaram 400 anos antes do Mercosul



Paulo Monteiro (*)



O recente lançamento da segunda edição, do livro “Tropeiros de Mula: a ocupação do espaço, a dilatação das fronteiras” (Gráfica Editora Berthier Ltda., Passo Fundo, 2004), do historiador Pedro Ari Veríssimo da Fonseca, foi um dos acontecimentos literários mais significativos do ano passado, em Passo Fundo.

O livro chama a atenção para um dos fatores econômicos fundamentais na ocupação das terras americanas, a pecuária, e sua conseqüência mais imediata e profunda, o tropeirismo. No caso, as tropas de mulas.

Se o extrativismo vegetal, mormente do pau-brasil, e a cultura da cana-de-açúcar, foram basilares para o povoamento do litoral brasileiro, deve-se à criação de gado e ao seu comércio, através de tropas, a permanência de origem européia no interior.

Quando se estuda a história dos primeiros anos de apossamento americano constata-se que havia um vasto intercâmbio entre a colônia portuguesa e as dependências espanholas. Cristãos novos, padres e militares, unidos por interesses econômicos, relações de compadrio e parentesco realizavam negócios entre as possessões de ambos os reinos. Assim, o tropeirismo se confunde com as próprias origens da América do Sul.

O gado, introduzido na Capitania de São Vicente (São Paulo), em 1534, por Ana Pimentel, esposa do donatário, se reproduzia bastante. Ao mesmo tempo era intenso o comércio entre o litoral paulista e o Paraguai, tanto que em 1556 teria sido feita a primeira tropeada, considerada contrabando e constituída de um lote de sete vacas e um touro trazidos da Andaluzia para o Brasil e dali levados para o Paraguai. É uma história romanesca e longa, onde aparece uma perseguição mal-sucedida aos tropeiros-contrabandistas.

A ser verdadeira a história, que alguns autores vêem com restrições, essa teria sido a primeira tropeada.

O percurso do litoral paulista ao Paraguai seguia um antigo caminho indígena, que de São Vicente ia até os altiplanos andinos. Aliás, eram muitas essas estradas usadas pelos primitivos moradores, uma das quais ligando o Rio Grande do Sul a São Paulo, sendo um de seus transcursos o Passo do Goio-en, no rio Uruguai. Mais tarde por ali passaram tropeiros numa caminhada inversa ao êxodo guaranítico.

O certo é que em 1580 já era embarcado de Buenos Aires para a Espanha um carregamento de couros e cerca de trinta anos depois tropeava-se de Santa-Fé para o Peru nada menos de um milhão de cabeças de gado segundo conta Roberto C. Simonsen, em sua clássica “História Econômica do Brasil” (Companhia Editora Nacional, São Paulo, 5ª Edição, 1967, p. 159), citando Southey.

É possível que o gado que povoou as campinas rio-grandenses antes dos paulistas e lagunenses se apossarem desse espaço não seja descendente apenas daquelas cabeças de gado que entraram por São Vicente. As matrizes podem ter chegado pelos Andes ou pela própria região de Buenos Aires.

“Os missionários jesuítas reuniram os guaranis em reduções a partir de 1609 na região de Guairá, PR, e desde 1626 na margem esquerda do rio Uruguai, com a fundação de S. Nicolau. Em 1638 as expedições armadas em bandeira, oriundas de S. Paulo, destruíram 18 reduções na região do Tape, levando os índios como escravos. Os guaranis que conseguiram fugir para a outra margem do rio Uruguai, retornando em 1628 para a fundação de S. Borja, logo após para as fundações de S. Luís Gonzaga, S. Lourenço, S. Miguel, S. Nicolau, S. João e Santo Ângelo. A redução de Jesus Maria dos Guenoas fracassou e seus remanescentes foram incorporados na de S. Borja. A Guerra Guaranítica (1754-56), em função do Tratado de Madri (1750), destruiu a organização das reduções e abalou a confiança dos índios nos jesuítas. Gomes Freire de Andrade retirou 10 mil guaranis com seus animais, das reduções, reunindo-os em S. Nicolau da Cachoeira, S. Nicolau de Rio Pardo e Aldeia dos Anjos”. Assim, Moacyr Flores em seu “Dicionário de História do Brasil” (EDIPUCRS, 2ª Edição Revista e Ampliada, Porto Alegre, 2001, págs. 290-291), sintetiza o período em que se formaram as “vacarias” na área atualmente ocupada pelo Rio Grande do Sul.

A primeira dessas vacarias surgiu com a ocupação do Tape ou Tape, numa área “entre os rios Uruguai, Ibicuí, Ijuí e Jacuí”, a partir de 1626. Com os ataques de bandeirantes em 1638, os jesuítas formaram a Vacaria do Mar entre os rios Ibicuí, Jacuí e Uruguai, Em 1712 organizara a Vacaria dos Pinhais, nos Campos de Cima da Serra, que foi saqueada pelos paulistas na década de 1740, segundo Moacyr Flores (Op. Cit., p. 619).

Os bandeirantes, a partir de 1639, começaram as tropeadas, com a tomada dos animais reunidos pelos jesuítas e os índios aldeados. Essa atividade se intensifica a partir de 1680 com a fundação da Colônia do Santíssimo Sacramento, que “facilitou o contrabando de mulas criadas pelos espanhóis” (Idem, p. 609), atividade que teria importância econômica até a década de 1950, sendo vencida pela indústria de automotores.

A repressão portuguesa ao intercâmbio entre São Paulo e Paraguai favoreceu o novo trajeto comercial, via Rio da Prata, através da criação da Colônia de Sacramento. Mais tarde as muladas de Corrientes e Entre-Rios, na Argentina, passaram a entrar via Missões, seguindo por Cruz Alta e Passo Fundo, e, mais recentemente cruzando no Passo do Goio-en, na direção de Sorocaba.

Numa época em que se lembra a entrada em funcionamento do Mercosul, com Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, o certo é que esse mercado, na prática, já tem quase cinco séculos. As notícias de repressão ao contrabando, especialmente nas fronteiras com Paraguai e Uruguai também são muito velhas. São Paulo surge, em 1560, com a extinção da Vila de Santo André da Borda do Campo, ambas criadas dentro de um processo de combate ao contrabando.

Parece absurdo dizer, mas o estudo da história do Cone Sul mostra que a política adotada pelos atuais governos pouco difere da colocada em prática pelas metrópoles ibéricas. O contrabando, entre nós, para escândalo dos defensores do laissez-faire, tem sido a face visível entre a livre iniciativa e as barreiras alfandegárias.

TROPEIROS DE MULA

O AUTOR ALTEROU SENSIVELMENTE A OBRA, EM RELAÇÃO À PRIMEIRA EDIÇÃO (Gráfica Diário da Manhã, Passo Fundo, s/d (1986)), feita sobre “uma série de artigos escritos no DIÁRIO DA MANHÃ durante o ano de 1985”.

Como a maioria dos livros de Pedro Ari Veríssimo da Fonseca, a primeira edição de “Tropeiros de Mula” se caracteriza por uma desorganização temática. Isso acontece com quase todos os escritores que enfeixam artigos jornalísticos. No caso do autor de “O Gaúcho Quem é...” essa desarticulação não significa superficialidade ou pressa, devido à inexistência de uma bibliografia, deficiência superada nesta segunda edição. Leitor insaciável, pesquisador criterioso, tanto em fontes escritas quanto orais, Pedro Ari Veríssimo da Fonseca une a profundidade dos temas à simplicidade no escrever. Piá de estância, iniciou seus estudos da vida e da história serranas ouvindo as histórias de galpão, ao redor do fogo, num tempo em que as crianças não interrompiam os mais velhos. Naqueles, que não vão muito longe, valia a lição de José Hernandez, no Martín Fierro: “... es de la boca del viejo de ande salen las verdades”. E essa oralidade faz com que a leitura de seus livros seja agradável.

Pedro Ari Veríssimo da Fonseca historia a ocupação do Rio Grande do Sul, a começar pelo Litoral e pela Fronteira, culminando nas Missões e no Planalto, incluindo o que atualmente conhecemos como Ato Uruguai. Toda essa história passa pela presença dos jesuítas, a passagem dos bandeirantes (que não foi tão passageira como se pensa, pois chegaram a permanecer por algumas décadas na região de Passo Fundo), culminando com o trabalho dos tropeiros, mormente daqueles que conduziam mulas para São Paulo, ciclo econômico que durou mais de três séculos.

Nessa história das tropeadas os depoimentos dos sobreviventes, ouvidos há mais de 20 anos, exercem um papel importante. O autor enriquece seu trabalho com as tropas de porco, que comprova terem sido comuns em toda a Região, e com a chamada Via Victorio Vêneto, iniciada por volta de 1896, onde hoje se localizam as vilas Santa Maria e São Luiz Gonzaga, estendendo-se até a atual Avenida Presidente Vargas. O local constituiu-se num importante núcleo populacional de origem italiana.

BIRIVAS, MISSIONEIROS E GAÚCHOS

A leitura dos livros de Pedro Ari Veríssimo da Fonseca é uma imposição, tanto quanto a reedição dos mesmos é uma necessidade. “Tropeiros de Mula” é o primeiro que volta às livrarias. Urge, porém, que os demais, todos esgotados, saiam novamente a lume, a começar por “Formação do Gaúcho” (1982), continuando com “Estória do Vovô Zacarias” (1991), “Gaúcho Serrano, usos e costumes” (1994) e “O Gaúcho Quem é...” (1999). Todos são importantes para o entendimento do gaúcho que se formou no Planalto Rio-Grandense. Também chamado “biriva”, o homem crescido nos campos e matas ao Norte do Rio Grande do Sul tem características próprias, que o fazem diferente de seus patrícios das Missões (missioneiros) e da Campanha (fronteiriços).

O autor de “Tropeiros de Mula” demonstra à saciedade essas profundas disparidades entre os habitantes do Planalto, das Missões e da Campanha. Talvez por isso a primeira edição tenha despertado tanta atenção dos pesquisadores, embora as referências em livros publicados depois de 1982 digam o contrário.

Essas diferenças ficam claras na entrevista do coronel Alberto Berthier de Almeida, nascido em 1890. Conta que os condutores de tropas eram sempre chamados de tropeiros e não de gaúchos. Biriva era termo reservado aos compradores de mulas que vinham de Santa Catarina e do Paraná. Já o termo era aplicado aos moradores do Planalto Serrano pelos habitantes da Fronteira (p. 107 e seguintes).

Dorval da Silva confirma essas informações. Eis como ele conta o que acontecia aos serranos serem chamados de gaúchos em São Paulo: “Eu gozava com eles... que nós éramos da terra dos gaúchos, mas não éramos gaúchos e dava umas explicações. Depois que ficamos conhecidos, brincávamos com eles e eu dizia que não éramos daqui que éramos gaúchos; o gaúcho parecia ter bom cavalo, bem encilhado, um trinta e oito na cintura, atirar um fio de cabelo para cima e espera-lo no fio, cortando-o. O pessoal da fronteira anos chamava de biriva e nós chamávamos de biriva o pessoal de Santa Catarina e do Paraná” (p. 116). E, na mesma página, Dorval da Silva acrescenta mais uma chega ao vocabulário gauchesco ao informar que a peonada serrana era chamada de “soqueteiros” porque viviam pelas fazendas comendo soquete, ou seja, carne de segunda com osso.

O morador da região das Missões, conhecido como “missioneiro”, tinha profundas diversidades com o serrano ou biriva. Preste-se atenção ao que contou o tropeiro Hugo Ferreira de Mesquita: “Nada melhor, numa rodada de chimarrão, do que reunir um biriva e um condutor de tropas missioneiro. Missioneiro e biriva. Tão iguais e tão diferentes como quaisquer irmãos. O missioneiro mais recatado, mas modesto. Nas lentas e longas tropeadas para Pelotas, passando dias e noites sem dormir e sem falar – 30 a 40 dias de viagem silenciosa – aprendeu a refletir, a esperar a hora de falar, a ser econômico nas palavras e a dizer apenas o necessário. O biriva é um comerciante, tem de comprar bem e vender melhor. Tem de convencer o vendedor que lhe está oferecendo o melhor preço e que o produto – mula, cavalo, boi – não tem muita procura no momento. Que o dinheiro anda escasso e que precisa de prazo. Ao comprador, é necessário convencer de que lhe está faltando um preço especial, para pagar o dinheiro à vista, embora o preço chegue às raias da exploração. O biriva velho fala e convence. (...)” (p. 145).

O termo gaúcho só era usado na Fronteira, contou Hugo Ferreira de Mesquita, que conheceu bem a região, pois chegou a homem de confiança do estancieiro João Goulart, o presidente Jango. “Agora, naquela Zona de Santiago, São Borja e São Luiz, eles se chamavam de missioneiros”. E era daí que vinham as tropas de mulas (p. 161).

Outra dessemelhança fundamental entre o serrano e o fronteiriço é no trato com a peonada. “A vera experiência”, para empregar a clássica expressão camoniana, o demonstra. E ao fazê-lo arrasa um dos mais arraigados mitos da historiografia tradicional: a democracia das estâncias. Perguntado se havia uma diferença muito grande entre o peão da fronteira e um peão serrano, o tropeiro João da Silva (p. 135) foi taxativo: “– Havia. Até hoje um peão da fronteira só come no galpão; o nosso almoça na mesa, na casa. Ainda agora fui com o meu filho mais velho olhar uma fazenda, um poço adiante de Gal. Vargas. Chegamos e já estava lá um comprador de Erechim. Eu e o meu piá – ele ficou apavorado! Nós e mais o comprador de Erechim ficamos no galpão comendo soquete de ovelha com farinha de mandioca e esperando. Aí eu mostrei pro meu filho: – Tá vendo? Lá em casa os empregados vão todos pra mesa e nós aqui, os compradores da estância do homem, comendo soquete”. Posso te dizer que na fronteira ninguém leva peão pra mesa. Posso até lhe garantir. Aquela peonada come carne assada com farinha, às vezes um cafezito e nada mais. Lá, até hoje, peão não é gente! (...)”.

Precisa documento mais contundente para desmascarar o “mito da democracia das estâncias” do que os testemunhos de homens que conheceram em todos os planos as formas de tratamento que se dispensa aos peões de estância na Fronteira e no Planalto Rio-Grandense.

SEXUALIDADE

“Tropeiros de Mulas” é muito mais do que um relato histórico. É uma descrição da vida e dos costumes, portanto, uma obra sociológica. Falta-lhe apenas desenvolver mais a questão da sexualidade. Sendo a comitiva (o grupo organizado para o transporte de uma tropa) uma associação masculina, pela rusticidade do trabalho, não se deve estranhar que o estudo das relações sexuais tenha se constituído em um dos grandes tabus da “sociologia rio-grandense”.

A importância do assunto, tão olvidada pelos nossos estudiosos, talvez por um preconceito vitoriano, algum tipo de puritanismo, faz parte do imaginário e da própria literatura popular. As piadas com o bestialismo, as músicas e poemas que exploram temas sobre bailes-de-cola-atada, onde homens e mulheres dançam nus, e assim por diante, justificam a gravidade da omissão.

Creio que aí resida o fato de não termos produzido nenhuma obra representativa sobre a cultura rio-grandense do sul. Não nos faltam assuntos para uma “Casa Grande & Senzala”, por exemplo. Se não tivemos, ainda, o nosso Gilberto Freyre é porque um caldo preconceituoso amolece a história do Rio Grande.

Pedro Ari Veríssimo da Fonseca em caras oportunidades toca nessa temática em “Tropeiros de Mula”. Assim o faz na entrevista com D. Lorita Martins, que assegura ter feito a “melhor viagem” com o marido, até São Paulo.

Lorita (p. 119 e seguintes) contou que conduziam uma tropa com quinhentas mulas e vários cargueiros carregando tudo o que era indispensável para uma longa viagem. Ela dormia numa barraca, onde lhe leva “a comida prontinha”, que só deixou de comer o torresmo porque o saco onde era transportado ficou muito sujo. Lorita ia vestida com blusa e calças compridas. “Os quilotes apareceram muitos anos depois e então se vestia paletó, gravata, quilotes e botas”, contou. E mais: os tropeiros deixavam as esposas em Itapetininga e saiam vender os animais. Depois do jantar, que acontecia às 16h30min, todos se dirigiam para a praça onde os homens negociavam e as mulheres passeavam. Estas, procedentes de diversas cidades gaúchas, acabavam ficando amigas. “Praça dos Amores” era o nome do logradouro. Depois, havia reuniões sociais em casas de famílias. Atualizada em termos de corte de cabelos, Lorita chegou a São Paulo, onde assistiu uma apresentação teatral.

Ora, vê-se, que pelo menos os tropeiros “patrões” conduziam suas esposas.

O tropeiro Hugo Ferreira de Mesquita conta que costumava vender cavalos em Curitiba. Ali negociava bastante com um apresentador de “fitas de cinema”, que “tinha uma filha muito bonita que era apartada do marido. Eu ia por lá tomar um chimarrãozinho frio, de erva muito ruim, erva cancheada, de folha... Afinal a vida de tropeiro sempre foi essa vida. (...)” (p. 162). Essa insinuação é muito mais significativa do que aparenta, em termos de sexualidade, revelando muito mais do que o velho preconceito com mulher “apartada do marido”. Entenda-se disponível...

OBRA IMPORTANTE

O labor de Pedro Ari Veríssimo da Fonseca, ainda não recebeu a importância devida.

A reedição de “Tropeiros de Mula”, profundamente revisado, é um passo importante para que esse reconhecimento seja alcançado. Urge que o próprio Veríssimo empregue esforços no sentido de revisar e reeditar os demais livros, já esgotados.

Sua obra, ao centrar-se no estudo do serrano ou gaúcho serrano, cumpre um papel importante para a cultura do Rio Grande do Sul. E é obrigatória a sua presença em todas as bibliotecas, especialmente, nas escolas e universidades. Os centros de tradições gaúchas deveriam, também, exigir de seus integrantes, em especial daqueles que participam de concursos de prendas e peões, o estudo de obras que tratem da história regional. Elas desmascaram uma série de mitificações, portanto de mentiras. E tradição é uma coisa; mitificação é outra muito diferente.

(*) Paulo Monteiro pertence à Academia Passo-Fundense de Letras, ao Instituto Histórico de Passo Fundo, à Academia Literária Gaúcha, à Academia Sorocabana de Letras e outras entidades culturais do Brasil e do exterior. O texto acima foi publicado no Jornal Rotta, de Passo Fundo, edição de janeiro de 2005.

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