Vaga sobre a terra vampiresco,
Desperta quando o Dia se apaga,
Espreita a vítima que também vaga
Afligida pelo Pesadelo dantesco.
Vaga vampiresco sobre a terra,
Poupa a suposta vítima, o ímpeto contém.
Renunciou o anátema: dádiva de alguém,
À própria natureza declarou guerra.
Vampiresco sobre a terra vaga,
Dos vampiros, o remanescente
Dos vampiros... Que muita gente
Menos predadora, que muita praga...
Desafia o infenso Dragão
Enraizado n alma que teria
Se não fosse pelo erro do dia
Em que agiu humanamente Adão.
Desafia o Dragão infenso.
O que fora, hoje, convicto, desquer.
Repugna do humano o que puder,
O ser que fora, que é inimigo imenso!
O infenso Dragão desafia.
Tal Dragão é humana presença
Desumana nossa, nossa doença:
Desobedecer a nós e não a nossa cria.
Sedentos em ser Deus:
Maligno, benigno, qu importa!,
Se a humana raça está morta!
Atualmente, são todos Deus!
Sedentos em Deus ser
Fazem-se humanamente lendas,
Serão ao Dragão, portais, fendas
A outros dragões neles nascer.
Em ser Deus sedentos!
Humanos seres, dantesca raça...
O destino ela própria traça:
De seres humanos serem isentos!
RICARDO WAGNER ALVES BORGES |