O vento despertou a irmã de Elvira na manhã da morte,
Veio sem pedir licença e tocou seu rosto.
Seus cabelos revoaram, ela se sentiu beijada
E acordou num desejo imenso da vida...
Ela olhava o sol ( belo, belo...) e queria ser amada!
Nem mesmo ela entendia a necessidade de amar
Que vinha daquele instante...
Era a vida correndo em suas veias!
Era vida intensa como há muito ela não via...
Na manhã da morte, ela sentia uma vontade louca de pular,
De gritar e ser ouvida pelo mundo todo,
Uma vontade louca de voar como os pássaros que ela via
E beijar a rosas, dizendo a cada uma delas:
“Estou viva.... Quero amar!”
A irmã de Elvira então gritou, gritou, gritou
Ela pulou, pulou, pulou,
Lhe veio um êxtase magnífico!
E no ponto mais alto de seu prazer
Foi que ela dirigiu-se à cozinha e pegou sua faca preferida...
Ela deu mais um grito, longo e bem alto
E então cortou os dois pulsos...
PUF...
A senhora caiu no chão!!!
Eu estava lá e pude ouvir seus últimos sussurros:
....Se a vida não ouve os meus gritos por ingratidão,
que pelo menos a morte acolha meu silêncio por fidelidade...”
ela morreu!
estava solitária demais
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