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Artigos-->Alexandre Dumas e livros -- 20/08/2008 - 15:57 (Licio de Faria Pereira Neto) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Alexandre Dumas, pai



O sobrenome DUMAS (leia "Dumá") lembra estórias fantásticas de homens que superaram as adversidades de uma França presa em uma monarquia cruel, mas cercada de luxo em excesso e intrigas incríveis.

Muitos adolescentes ja ouviram as aventuras dos 3 espadachins e seu lider D´Artagnan (leia "dartanhã"), seja nos cinemas, conhecidos como "Os Três Mosqueteiros", ou "O Homem da Mascara de Ferro" ou ainda o incrível romance "O Conde de Montecristo".

Os romances conhecidos como "romance de capa e espada" foram substituídos por heróis japoneses, pokemons, cavaleiros do zodíaco, etc. Mas em todos eles podemos ver a origem das lutas de espadas, o heroísmo de homens comuns. E tudo isso foi possível graças a escritores de grande imaginação.

Um deles era "Dumas Davy de la Pailleterie" mais conhecido como Alexandre Dumas, pai. Ele nasceu perto de Paris, filho de um general francês no inicio do ano de 1800.

Talvez vendo as estórias de bravura contadas pelos homens comandados pelo pai heróico, Alexandre Dumas começou a escrever. Com 27 anos escreveu a peça "Henrique III" e como em Paris, os poetas, pintores, escultores e romancistas eram muito bem quistos tanto pela sociedade sedenta de cultura, como pelos reis que valorizavam e apoiavam a cultura, muito diferente do nosso país, onde o presidente mal sabe ler ou escrever, e o maior sonho da maioria da população é conseguir um emprego público onde não precisará trabalhar, mas apenas cumprir horário.

Alem de escrever peças de teatro e romances, Alexandre Dumas escrevia para os jornais. No ano de 1830 os jornais tinham o mesmo peso e importância da "novela das 8" nos dias atuais, com a diferença que a qualidade literária era um zilhao de vezes melhor. Os jornais eram os "favoritos" da população que "LIA" cada estória com gosto e avidez. Tanto os nobres, quanto a população explorada pela monarquia (isso não mudou nada nos dias atuais) adoravam os folhetins escritos por Dumas, por Vitor Hugo, por Moliere (imagine que cada um desses nomes e todos eles eram mais inteligentes, mais cultos e mais criativos do que os nossos escritores de novela Jaime Monjardim, Renato Avancini, Gloria Perez, etc.

Voltando a estória da família DUMAS, o velho Alexandre se casou com uma atriz (naquela época as atrizes não precisavam ser bonitas ou ter bunda grande (enorme para dizer a verdade), elas só precisavam ser boas atrizes, saber interpretar um texto e falá-lo na frente do publico.

Seu filho recebeu o mesmo nome do pai, pois essa tradição era seguida a risca no passado. Quanto mais inteligente era o pai, mais os filhos sentiam orgulho de falar o nome dele e até usá-lo.

Tão importante foram pai e filho para a literatura mundial que são conhecidos hoje como Alexandre Dumas, pai e Alexandre Dumas, filho. (o filho escreveu “A Dama das Camélias”)

Felizmente, para aqueles estudantes que sentem enorme preguiça em ler, os livros de Dumas foram transformados em filmes com ótimos atores.

Os Tres Mosqueteiros: a estória se passa na França em 1800 no reinado de Luiz XIII e de 3 grandes espadachins chamados Porthos, Athos e Aramis que defendem o rei do Cardeal Richelieu (naquela época a igreja ja explorava os nobres e roubava os pobres. Se tiverem preguiça de ler o livro, assistam o filme feito pelos Estudios Walt Disney e estrelado pelo Charlie Sheen (da serie de tv Two and Half Men), Kiefer Sutherland (quem ja viu "24 horas"?), Chis O´Donnell (o Robin amiguinho do Batman). A frase “Um por todos e todos por um” atualmente é usada pelos políticos para impedir a população de puni-los quando eles cometem um crime ( e eles SEMPRE cometem VARIOS crimes)

O Homem da Mascara de Ferro: na verdade o livro escrito por Dumas era "O Visconde de Bragelonne" mas a estória chamou mais atenção quando o mocinho do Titanic, o Leonardo DiCaprio foi defendido pelos 3 mosqueteiros na pele de atores incriveis como Jeremy Irons (lembram dos gêmeos do filme de terror "Gemeos - Mórbida semelhança"), John Malkovich do filme "Eragon" e Gerard Depardieu, um Frances gordo e muito engraçado de nariz pontudo no filme "Cyrano de Bergerac" - por sinal outro ótimo escritor de comédias e piadista da frança no século XVII. Atualmente essa mascara de ferro é usada para cobrir a cara de pau dos incompetentes que assolam a cidade, o estado, o país, o continente, o planeta.

O Conde de Montecristo:apesar de ser uma das peças de mais ação, escritas por Alexandre Dumas, voces talvez prefiram ler o livro do que assistir o filmeco produzido na Inglaterra e Irlanda com atores que ninguém nunca ouviu falar. Mas podem se divertir com as lutas de espada entre Fernand Mondego, o bandido, contra o mocinho Edmond Dantes. O mais surpreendente é que um antigo prefeito de Belo Horizonte chamado Otacilio Negrao de Lima, mandou construir um shopping center na Rua São Paulo chamado Galeria Dantês, homenageando o livro do escritor. Pessoalmente, eu duvido muito que algum prefeito de Belo Horizonte tenha se interessado por alguma obra literária, no passado, no presente e provavelmente no futuro.



Mas como todo grande escritor morre um dia, mas felizmente suas obras conseguem torná-lo imortal, o velho DUMAS morreu em 1870. Mas foi em 2002 que o presidente francês Jacques Chirac (um dos presidentes mais preocupados em cuidar para que Paris continue sendo a cidade preferida de quem gosta de museus, de história e de estórias, trouxe o corpo do escritor para ser enterrado no belíssimo Pantheon (onde agora esta ao lado de Vitor Hugo, Moliere, Foucalt e Voltaire. A casa de Dumas, foi restaurada e virou um petit chateau (pequeno castelo), pertinho de Paris.

Para seu conhecimento, Alexandre Dumas foi mais lido em todo o mundo do que Paulo Coelho. Teve mais filmes produzidos com seus livros (200 filmes até o momento) do que a “trilogia” de 5 filmes chamados "Guerra nas Estrelas". O escritor, na sua época, era mais famoso do que o Tony Ramos ou a Mulher Melancia.

Se tudo isso não fizer com que você adore os textos de Alexandre Dumas, então é melhor enfiar a cabeça no vaso sanitário e dar descarga.

Por outro lado, talvez você queira um dia visitar Paris, então vá ate o Pantheon dar uma espiadela na cripta onde os maiores escritores da terra estão "dormindo".

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