Fernando Zocca
A campanha eleitoral segue firme em Piracicaba, conforme também em todas as demais cidades brasileiras, sujeitas ao processo de escolha dos próximos administradores.
Ontem a EPTV entrevistou o candidato petista, que concorre ao cargo de prefeito de Piracicaba José Boldrin, que destacou ser necessário reforçar as estruturas do atendimento médico à população.
É evidente que o setor, aqui em Piracicaba, mostra-se bastante debilitado, e a disfunção observada sinaliza que talvez, a injeção de mais verbas em doses mensais, na forma de salários, possa ajudar na travessia da crise.
Então a proposta do candidato petista é destinar cerca de 25% do orçamento anual do município, para essa região desvitalizada, cianosada.
Quem se utiliza do serviço público municipal de saúde, pode testemunhar que realmente, o atendimento deveria ser melhor, mais eficiente, com prazos menores de espera para consulta.
Então se percebe a velha discussão da prioridade que os grupos políticos dão, durante o tempo em que permanecem na direção da sociedade: uns preferem as instalações imobiliárias, destacam os objetos de concreto, ambientes físicos, o material inerte, inanimado.
Outros grupos definem a vida, a pessoa humana, o funcionalismo, seu conforto, bem como todas as demais ações necessárias para o desenvolvimento pleno do ser vivo, como objeto ou meta política.
Em reforço à tese de que a vida humana, a pessoa humana, precisa ser mais dignificada e importante do que os bens imóveis, podemos ver nessa ineficiência comprovada, das instalações suntuosas, chiques, belíssimas, porém vazias, sem movimento, e sem vida biológica.
É necessária a adaptação das ações políticas às necessidades sociais emergentes. Se existem obstáculos, eles devem ser resolvidos com humanidade, compaixão e compreensão.
Afinal, assume-se o poder para construir, apaziguar, unir e promover a reconciliação e não instigar a dissociação, a exclusão ou a segregação.
Quando estamos sob um governo que deseja provar serem seus adversários possuidores de muito mais defeitos do que virtudes, quando temos um governo que estimula a evidência das diferenças, possuímos um governo que reflete a si mesmo. Estamos diante de um corpo governante em que há anomalias degenerativas, para as quais se recomenda a extirpação.
Ora, na sociedade não pode ser assim. Acreditamos que para se fazer um bom governo, deve-se assimilar as idéias discordantes, usando-as em benefício do bem comum, do conjunto.
Então poderíamos dizer que pessoas infelizes, trabalhando em instalações suntuosas, modernas e esmeradas, são menos produtivas do que aquelas mais satisfeitas, porém estabelecidas nas edificações menos importantes.
Piracicaba precisa de gente mais feliz.
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