Fernando Zocca
Extraterrestres são assuntos recorrentes sempre em época de eleições. Estou entre aqueles que acham ser o tema, forma disfarçada e subliminar de divulgar mensagem publicitária de políticos e partidos.
A ação apela para a curiosidade, cutuca a crendice dos supersticiosos enquanto expõe a mensagem eleitoral ao público alvo.
O desejo de ver e desvendar o mistério apresentado, é o mesmo que tem as pessoas diante da incerteza de um pleito eleitoral que se aproxima. A dúvida predominante, quase sempre leva a uma tal busca, durante a qual os interessados expõem-se à propagação do ideário do político.
Os extraterrestres desconhecidos são apresentados de forma alegre, descontraída e, geralmente organizam-se caravanas, para durante algumas madrugadas, tentarem flagrar os tais alienígenas sempre ocultos.
Passadas as eleições o tema é esquecido tal qual, o tal de chupa-cabras. O que fica são os eleitos que, dependendo da índole que os forma, deixarão marcas indeléveis de suas passagens.
De fato, meu amigo, a escolha entre o certo e o errado, pode assinalar não só o agente público que a faz, mas seu grupo partidário, e até mesmo uma população inteira, por muito tempo.
No tempo de Jesus, o ensaio de qualquer alteração na composição dos grupos dirigentes, podia ser ameaçada com a crucificação. Hoje brandem com cardiopatias, cirurgias, cânceres e ocorrências funestas.
Observa-se a velha história: quem está fora quer entrar, mas quem está dentro, não deseja sair. Inclusive aqueles que pisaram feio na bola, procuram agora minimizar os prejuízos que causaram, à população lesada e, esforçam-se em negociar seu peixe até mesmo agarrado a pontes.
Você conhece aquela situação em que o fumante, mesmo avisado de que o produto consumido pode levar a doenças sérias, e mesmo assim não consegue se livrar do vício? É o que acontece com alguns grupos políticos, eles causam muito mal, porém dão prazer e é isso o que importa.
E tem mais: fazem-se pontes também por causa das ambulâncias. Mas, não é mesmo verdade?
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