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| Poesias-->Porta-Voz -- 08/09/2002 - 22:17 (Alyne Roberta Neves Costa) |
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Aquela lágrima me desfez
A dor mais doída do meu coração
A palavra de amor que eu nem sei se ouvistes
O medo de nunca mais poder ter seu abraço
O medo de não ouvir seus temores, segredos e delírios
Seus risos escancarados de sua imensa fé
A mesma fé que removia as montanhas
A inenarrável fé na criatura humana
Ensinando o ser humano a encontrar uma segunda, quinta e infinita chance
E o ser humano tripudiou da tua sagacidade, cognominou-a "loucura"
Anjos e loucos: porta-vozes de Deus
Deus, perdoai a nossa ilimitada e insana sede de razão
Pai, perdoai-nos por não buscarmos a luz da sua liberdade
Compreendei-nos por não bebermos o néctar do seu amor
Afastai-nos do medo de não ter gritado a tempo o nosso real sentir
Os loucos amam, como ninguém mais ama...
Os loucos perdoam, com o divino dom de perdoar
Os loucos julgam pela ética do coração
Os loucos sabem amar e a gente não!
dezembro de 1999, para meu Pai Beto |
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