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Humor-->Meu Titanic afundou. -- 23/07/2002 - 10:10 (clovis bevilacqua) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Fui convidado para jantar na casa de uma amiga muito rica.
Vesti minha melhor roupa: Um terno xadrez amarelo e roxo, um par de sapatos caramelo, uma gravata branca pra combinar com a faixa e um cravo amarelo na lapela.
Peguei meu fusca 66, que estava fora do ponto, e fui embora.
Parecia milho de pipoca estourando na panela.
Estacionei em frente à mansão dela. Desci e toquei a campainha. Esperava ouvir um simples din-don, mas a campainha tocou a 9º de Beethoven.
Veio até o portão, um homem vestido todo de preto, com um babador branco. Parecia mais um porteiro de velório particular.
Perguntei pela minha amiga e ele pediu para que eu entrasse.
Já no hall de entrada, deparei com um imenso fofo e branco tapete. Pisei no tapete e sumi.
A muito custo consegui nadar até a outra extremidade, apoiei-me no sofá, subi e sentei. Comecei a afundar lentamente. Quando eu já estava quase todo consumido pelo sofá canibal, senti que uma mão segurou o meu braço e me puxou para cima. Era o mordomo.
Depois deste susto, resolvi ficar em pé num canto da sala, longe de qualquer perigo.
Eu estava distraído quando ela apareceu. Linda, deslumbrante e fascinante.
Senti um certo ar de reprovação em seu olhar. Certamente ela estava surpresa com o modo que eu estava vestido, e por não imaginar que eu tivesse este lado de Ocimar Versolato.
Chegou a hora do jantar. A mesa era enorme (quase fui buscar meu fusca para percorrer toda a extensão da mesa).
Acomodei-me na cadeira almofadada. Para conversarmos seria necessário o auxílio rádio amador (PX). Imaginei a conversa:
- Atento, atento, tem alguém em QAP?
- QAP, QRV !
- Aqui é o QRA, Graça Trangênica, da pra passar a chuleta, QSL?
- Negativo. Chuleta, heim ! Acabou, só daqui 1 QRT vai ficar pronta, QSL?
Bom, voltando ao jantar, o cardápio era frutos do mar.
Primeiro veio a sopa de ostra e depois o caviar em torradas, lula, ouriço, bolacha do mar ao molho de baiacú, marisco salada de algas. suco de óleo de fígado de bacalhau, ughh, que nojo.
Para não fazer desfeita e nem passar vergonha, fui empurrando tudo goela abaixo com a ajuda de um horrível vinho Tansmánico.
Comecei a passar mal, fiquei amarelo. Eu estava me sentindo o próprio Aqua-man, e o que é o pior, pronto pra dar a luz à um peixe troço (se é que isso é possível).
Com os olhos esbugalhados e quase sem voz, pedi para usar o banheiro. A bomba estava prestes a explodir. Mau consegui sentar no vaso e foi um estrago.
Cagava, peidava, cagava, peidava, e o pior é que o barulho era alto e eu não conseguia controlar.
Ouvi um corre-corre, um tropé seguido de uma gritaria:
- É um terremoto !
- É o apocalipse!
- Não é o GODZILA!
De repente tudo se acalmou, o silêncio era assustador.
Com a camisa, enxuguei o suor da testa.
Fui pegar o papel pra me limpar, eu estava todo melado, tinha cagado em efeito leque.
No porta papel só havia o canudo de papelão vazio.
Procurei por todo o banheiro, algo para limpar-me e não encontrei nada. Resolvi usar o bidê, que pra minha sorte estava quebrado. A única saída era lavar a bunda na pia.
Sentei na pia e esta veio abaixo, foi um barulho tremendo.
De repente alguém bateu na porta perguntando se estava tudo bem. Era ela. Envergonhado gritei que não havia papel.
Mais que depressa ela me trouxe um rolo. Eu não tinha coragem de abrir a porta, pois uma nuvem de gás pairava no banheiro. Se alguém riscasse um fósforo a explosão seria terrível.
Ela bateu novamente. Sem alternativa abri a porta. Estranhamente ela usava um prendedor de roupas no nariz. Percebi naquele momento que o gás já havia ultrapassado fronteiras.
Quando ela me entregou o papel eu perguntei se não tinha um rolo de papel toalha. Meu, a coisa tava feia!
Após a faxina, saí do banheiro e senti um estranho cheiro de bom ar. Com muita vergonha disse a ela que iria embora.
A mãe dela querendo aliviar o clíma, perguntou se eu não iria querer a sobremesa.
Só se for um pudím de bicarbonato.


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