Oxalá, todas as mudanças fossem suaves como a névoa
Oxalá, a vida fosse suave como a névoa
Sobrevêm-me as agruras do Ser,
Ser fundamental, mutável, falível
Esforço-me para me adaptar à vida
Mas como fazê-lo, sem sofrer?
Fecho-me em meu mundo.
Minha mente esforça-se à procura de respostas
Meu corpo esforça-se à procura de adaptação
Minh’alma esforça-se à procura de evolução
Surpreendo-me em pelo ato de mutação
Sinto a dor dos meus erros, de minhas falhas, de minhas manias
Desprezo minhas qualidades
Trabalho meu defeitos
Em plena metamorfose não raras vezes faltam-me forças
No limiar da mudança invade minhas narinas o forte o cheiro da morte
Vejo meu ser em estado de putrefação
Minha alma se perde por instantes na escuridão de meu Ser
Mas, quem está morrendo?
Porquê estou morrendo?
Quando esbarro no tênue limite entre a vida e a morte
Descubro que como a Fênix, não estou morrendo
Estou mudando, me adaptando, evoluindo
A morte, têm vária faces e a menos intendida
É a face da mudança
Vejo morrer neste instante o velho Ser,
E ressurgir o novo Ser,
Melhor adaptado, mais forte, mais próximo à perfeição
Porém,
Sobrevêm-me as agruras do Ser,
Ser fundamental, mutável, falível
Esforço-me para me adaptar à vida...
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