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Poesias-->Refúgio -- 09/09/2002 - 17:31 (Fabio Reis Martins) |
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Inerme está meu ser.
Arrebata-lhe o espírito as agruras da vida.
Tempestades de sentimentos
Tiram-lhe a tranqüilidade dos dias,
Dos pensamentos.
Como vagas gigantescas
Reviram minh’alma, embotam meu cérebro
E petrificam o espírito.
Procuro desesperadamente uma fuga
Mas, como fugir das intempéries da vida
Se elas são intrínsecas à existência?
Fugir da vida?
De maneira nenhuma!
Seria não ter o êxtase da vitória,
Perder o aroma da natureza,
Perder o sabor do amor,
Me privar da luz do olhar de minha amada.
Haverei que desistir e deixar-me abater?
Não! Resta-me então a luta,
Solitária, rude, com ares de eterna.
Cabe-me então, em meio a batalha
Procurar refúgio,
Onde eu possa me refazer
Onde eu possa curar minhas feridas
Onde eu possa armar o meu ser.
Inerme está meu ser, por ter perdido meu refúgio.
Refúgio que estava tão próximo
Mas que também foi
Arrebatado pelas agruras da vida.
Preciso ensinar-lhe onde procurar refúgio
Onde ele possa se refazer
Onde ele possa curar suas feridas
Onde ele possa armar o seu ser.
Preciso ensinar-lhe que seu refúgio
Estava tão próximo, que passou-lhe despercebido
Preciso ensinar que o refúgio do meu refúgio
Está justamente em meu Ser.
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