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Artigos-->A TERCEIRA FACE DO CAOS - 2a parte -- 06/09/2008 - 23:24 (A.Lucas) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O QUE É ORDEM?



As seqüências anteriores foram formadas colocando os números em ordem alfabética, respectivamente, em português e inglês. A partir delas podemos construir uma nova seqüência como [8, 5, 4, 9, 1, 7, 6, 3, 2, 5, 2, 9, 8, 4, 6, 7, 3, 1] onde simplesmente colocamos as seqüências anteriores em ordem alfabética do idioma (o nome dado a ele em português, é claro). Podemos então fazer algumas conjeturas:

- Com seqüências formadas com o mesmo critério, mudando apenas o idioma, quantas seqüências diferentes teríamos? (Repare que podemos ter seqüências numericamente iguais em idiomas diferentes...)

- Após criarmos todas as diferentes seqüências com o mesmo critério e colocando-as em ordem alfabética de idioma teremos alguma previsibilidade do ponto de vista estritamente numérico? (Repare que podemos ter seqüências com quantos números quisermos e não apenas com os nove primeiros algarismos...)

- Existe alguma língua em que, usando os nomes em ordem alfabética, tenhamos a seqüência natural dos números em ordem crescente?



A quantidade de critérios bastante simples que podemos inventar é imensa e, com uma pequena quantidade desses critérios aplicados recursivamente (ou seja: aplicamos o critério a alguma coisa, obtemos um determinado resultado e, a esse resultado, aplicamos novamente o critério, quantas vezes acharmos necessário ou conveniente) a complexidade aparente torna-se enorme, apesar da simplicidade tanto do ponto de partida (a seqüência 1, 2, 3...) quanto do critério adotado (a ordem alfabética) sendo o resultado final completamente desordenado, ao menos para o padrão humano. É claro que existem vários métodos computacionais sofisticados já inventados (e ainda por inventar) capazes de descobrir alguma coerência em seqüências deste tipo, mas o esforço computacional (ou seja: tempo e recursos materiais e humanos despendidos) é, quase sempre, proibitivo. De qualquer forma, fica aqui uma idéia sobre como criar senhas de fácil memorização, e bastante seguras, para essa imensa quantidade de sites da internet, cartões de banco, telefones celulares etc: basta, por exemplo, você usar os algarismos da sua carteira de identidade, ou da sua data de nascimento, em ordem alfabética.

Não há dúvida alguma que as seqüências apresentadas anteriormente estão ordenadas. E se nos perguntássemos agora, para a seqüência ordenada em português, qual o número seguinte? Se considerarmos apenas a casa seguinte das dezenas, o número seguinte é o próprio 10; se considerarmos apenas os números de até dois algarismos o próximo da seqüência é o 50; se considerarmos os cem primeiros números (repare que desprezei o zero, mas nada relevante aqui) o número seguinte da seqüência é o 100...

As perguntas agora são:

- Dada uma certa seqüência, qual a seqüência original (ou “semente”)?

- Conhecida uma certa seqüência em análise e sua semente, como descobrir os critérios adotados?

- Conhecida a seqüência em análise, a semente e uma vez “descoberto” um certo critério, qual o índice de confiabilidade das previsões feitas sobre os números a seguir?



Falando de uma forma um tanto “não científica”: o cosmos não dá a menor importância ao fato de nossos parcos sentidos e instrumentos poderem (ou não) perceber uma determinada ordem em alguma coisa, mas, se podemos imaginar que existe alguma ordem nas coisas, não devemos esquecer que essa ordem é determinada pela nossa inteligência que, por sua vez, é produto desse mesmo cosmos. Podemos então considerar que nossos conceitos sobre o que está ou não ordenado são, de alguma forma, absolutos, restando-nos apenas desenvolver meios para “ler” esses ordenamentos.

Tivemos uma primeira face do caos, aquele caos absoluto, anterior ao Big Bang (ou ao Fiat Lux ou...???) cujo estado do espaço-tempo começou a ser organizado e cuja energia e matéria começaram a ter alguma forma coerente. Este novo conjunto viria a ser pretensamente compreensível pela mente humana, surgida uma enorme quantidade de anos depois do evento primevo. A partir desse evento passamos a ter o cosmos. Se existe algo não ordenado nesse novo modelo chamado cosmos então parte do caos subsistiu nele, portanto há uma segunda face do caos (vide a Teoria do Caos). O próximo passo seria então analisar e sintetizar o ordenamento de tudo que tiver uma ordem, seja ela qual for. Uma vez conseguida essa proeza teríamos um “resíduo caótico” que seria agrupado como a terceira face do caos (ou a segunda do cosmos, posto que, mesmo sendo não ordenado, seria “classificável”).

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