Câncer: fatores de cura ou cronificação
Fernando Zocca
No segundo artigo sobre o câncer, abordaremos hoje, alguns aspectos das alterações no organismo, provocados pela doença.
Antes de tudo, é salubre dizer que a chamada autonomia do câncer, que se caracterizaria como tendo fixação e alastramentos progressivos, hoje não pode mais apresentar consistência científica.
Tanto é assim que o crescimento do tumor primário ou das metástases, bem como de todo o seu potencial evoluitvo, depende do tipo celular, das diferenciações existentes nas células, e das reações citológicas provocadas nos tecidos em que se desenvolve.
O tipo reativo exprime a reação imunológica local e teriam a sua manifestação também nas modificações bioquímicas das proteínas plasmáticas. Os fatores tróficos relacionam-se com a predominância, deste ou daquele hormônio, na fase biològica doente da vida do hospedeiro.
Portanto o estresse é sabidamente um fator produtivo dos humores potencializadores da afecção. Faz parte da terapêutica oncológica o distanciamento do hospedeiro das fontes estressantes. Isso determinaria a acalmia necessária ao restabelecimento do equilíbrio fisiológico.
Então, afastada a estricção, nota-se logo o reforço das manifestações imunopatológicas; os demais fatores impedintes dos tumores teriam expressão mais acentuada, favorecendo a restauração do conforto, e conseqüente homeostase.
Da terapêutica oncológica constam os seguintes elementos: cirurgia, irradiações, quimioterapia, homonioterapia e, para um futuro breve, o uso da terapêutica imunológica.
As alterações metabólicas, concitadas pelo câncer, são perturbações funcionais notadas no plasma, soro, (com metabólitos protéicos em certas neoplasias), enzimas, glicose e água.
Então sabe-se hoje que a interdependência entre o câncer e o hospedeiro provoca as tais alterações nos fatores orgânicos, funcionais e psicológicos do orgnismo, estando ligadas às mudanças, nessas variáveis, a cura ou a cronificação.
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