Gente nova no Cordel
(Para Antônio Albino Pereira)
Vivia um cabra danado
à toa, perdido, ao léu
Um dia ficou arretado
e resolveu fazer Cordel
Fez o primeiro com medo
pensando que ia errar
depois sem muito arremedo,
botou tudo pra quebrar
Viu assim que o povo lia
tudo que queria dizer
e foi com muita alegria
que o segundo quis fazer
Falou do belo pomar
com frutas, folhas e flores
passou a vida a amar
e esqueceu até das dores
Disse que é bom circular,
falou sem muita chalaça,
sem querer anunciar
que já provou da cachaça
Aumentou a Confraria;
tem até festa no Céu
Anuncio com alegria:
tem mais um aqui no Cordel
© Fernando Tanajura
(n. 1943 - )
http://tanajura.cjb.net
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