Rompendo a negritude da noite
Uma saudade absurda
Apoderou-se de mim:
A saudade do que não aconteceu.
Saudade do descanço
De minha cabeça em teu colo
A viajar no imaginário...
Na fronteira entre o real
E a fantasia,
Tento decifrar minhas angústias,
Meus tormentos...
A clarividente lembrança
De tua língua apressurada
Em busca da minha
Faz-me, num sorriso tímido,
Meu siso quebrar.
Inquieta-me o Ser
O teu inconfundível aroma,
Que insistentemente,
Teima em se fazer presente.
Em torno de mim, nesta hora,
O vácuo de tua lembrança
Dá-me a sensação
Dessa saudade absurda.
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