E os humildes seguem pelo mesmo caminho
A mesma rua estreita em chão batido
Sem esquinas para fugir do seu destino
Portas fechadas ao descanso e ao conforto
O ranço denso, sem decência, a exploração
Nem consciência ou opção pode escolher
Passo apertado, atado a vícios e fraqueza
Permanece o povo a fluir, um rio cansado
A um abismo de morte e esquecimento
Crenças, festas e futebol aliviam suas dores
Em limites marcados pelos deuses do poder
Traçados em sangue e suor ao bel prazer
Forte é esse povo que chora em silêncio
Suporta a ganância dos soberbos
Enquanto enxuga suas mãos cheias de dor
Palavras não vão alcançar meu ideal
Nem fazem de mim um inocente
Nem mudarão o caminho dos humildes.
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