Lula discursa na ONU e pede o fim da anarquia especulativa
O presidente Luís Inácio Lula da Silva discursou ontem na sessão de abertura dos trabalhos da ONU (Organização das Nações Unidas). A mensagem foi no sentido de ser necessário haver mais ética na economia e restrição aos especuladores.
Em outras palavras, os poderes estabelecidos, haveriam de ter mais sensibilidade para com os pobres. Uma corrente forte, que se organiza nessa linha comedida, atribui razão ao presidente brasileiro. A justificativa é de que não se pode privilegiar unicamente as forças exploradoras, sem um mínimo de consideração com as demais, que não fazem parte direta do processo.
Lula ressaltou, também em entrevista recente, que a inadimplência dos consumidores do sistema habitacional norte-americano, que por consequência levou à quebra bancos e seguradoras, é prova de que a política de anarquia especulativa não pode resultar em benefícios gerais.
Nessa crise econômica, o governo norte-americano desembolsaria US$700 bilhões doando-os às seguradores e casas bancárias para que pagassem suas dívidas. Entretanto especialistas no assunto, garantem haver a necessidade de muito mais dinheiro.
É notória a precisão de certa conformidade ao mercado e aos ventos econômicos predominantes. "Se não há vendas de guarda-chuvas, ocorre a alternativa de, por exemplo, a criação de escolas de dança, com a difusão do frevo", afirmam observadores experientes.
Dirigentes de centenas de países que compôem o organismo internacional, ouviram atentos a fala do presidente brasileiro. Logo após George Busch fez o seu último discurso como presidente dos Estados Unidos. Ninguém mencionou a semelhança existente entre os políticos ruins e o greening, a praga dos laranjais que quando acomete a planta, enseja o seu arrancamento.